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Estudantes exigem prova de que Chávez está no país

Grupo diz que pretende fazer protestos no hospital onde o coronel está internado

Por Da Redação
21 fev 2013, 17h43

Um grupo de estudantes exigiu nesta quinta-feira que o governo dê provas concretas sobre a presença de Hugo Chávez na Venezuela. Caso contrário, os estudantes afirmam que vão ao Hospital Militar na próxima segunda-feira para verificar seu estado de saúde para conferir se o coronel tem capacidade de governar. “Assim como exigimos sua volta à Venezuela, hoje exigimos que saia e mostre a cara”, disse a líder universitária Gabriela Arellano, segundo o jornal El Mundo.

Na madrugada de segunda-feira, a volta de Chávez a Caracas foi anunciada por meio de sua página no Twitter e divulgada por integrantes do governo. No entanto, nenhuma imagem do coronel foi divulgada até agora. Nesta quarta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que na véspera havia tentado se encontrar com o coronel na capital venezuelana, sem sucesso. “Não pude vê-lo, só me reuni com seus médicos e familiares”, explicou.

Nas últimas semanas, diferentes movimentos estudantis fizeram manifestações pelo país relacionadas à ausência de Chávez, que foi submetido a uma nova cirurgia para combater um câncer em 11 de dezembro, em Havana, e permaneceu em Cuba para o tratamento pós-operatório. Os protestos pediam que fosse declarada a ausência temporal do caudilho, ou ainda o respeito à soberania do país – mote de manifestação realizada na semana passada, em frente à embaixada de Cuba em Caracas, movimento que foi reprimido pela Guarda Nacional. Os estudantes acreditam que suas ações obrigaram o governo a divulgar as primeiras imagens do mandatário em dois meses, por meio de fotos divulgadas no dia 15.

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Os estudantes que preparam uma manifestação para a próxima semana acusam o vice-presidente Nicolás Maduro de não querer mostrar Chávez com o intuito de se manter no poder sem ter sido eleito. A posse do coronel na Assembleia Nacional estava marcada para 10 de janeiro, como previsto na Constituição. No entanto, a maioria governista no legislativo concedeu a Chávez o tempo necessário para se recuperar e o Superior Tribunal de Justiça (alinhado ao chavismo) endossou a tese, alegando que há “continuidade administrativa” no país, uma vez que o mandatário foi reeleito em outubro do ano passado – para o quarto mandato consecutivo. Consequentemente, os ministros e o vice – que é nomeado – também continuaram no poder.

Posse – Também nesta quinta, um grupo de advogados foi ao STJ solicitar “urgência” na juramento de Hugo Chávez para o mandato que vai até 2019, uma vez que ele está no país. Exigência que também foi feita pela oposição venezuelana nesta semana. Em um comunicado, a Mesa da Unidade Democrática (MUD) questionou o discurso do governo de que Chávez está em plenas condições de governar o país e pediu que o juramento de posse seja realizado o quanto antes. A coalizão opositora também pediu que o governo pare que fazer um “espetáculo” sobre a saúde do presidente e se dedique a resolver os problemas da “vida real” dos venezuelanos: a violência, a escassez, o alto custo de vida, os baixos salários, o desemprego e a corrupção. A MUD está organizando uma concentração neste sábado contra os efeitos da desvalorização cambial anunciada no início deste mês.

Outro movimento opositor, o Vontade Popular, pede ao governo que designe uma junta médica para avaliar a saúde do presidente – sendo que os nomes dos médicos sejam de conhecimento público -, explique o tipo e a duração do tratamento necessário para Chávez e permita que a imprensa tenha acesso direto às informações médicas, e não apenas através das redes oficiais de rádio e televisão. O líder do partido, Carlos Vecchio, ressaltou que as fotos de Chávez com as filhas e o anúncio de sua volta ao país não são suficientes para reduzir as incertezas sobre seu estado de saúde.

Na última segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça da Venezuela disse estar pronto para realizar a cerimônia de juramento de Chávez “a qualquer momento”. A corte estaria à espera apenas da “decisão do presidente e de sua equipe médica” para determinar se o evento será público ou privado e onde será realizado.

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