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‘Estou lutando como posso’, disse refém americana em carta

A família de Kayla Mueller divulgou uma carta escrita quando ela já havia sido sequestrada pelo Estado Islâmico. A morte da refém foi confirmada nesta terça-feira

Por Da Redação
10 fev 2015, 20h07

Em uma carta enviada para familiares no primeiro semestre do ano passado, a americana Kayla Mueller tentou transmitir esperança mesmo na situação crítica que enfrentava. Sua morte foi confirmada pelo governo americano nesta terça-feira.

“Se eu ‘sofri’ com toda essa experiência foi em saber quanto sofrimento impus a vocês. Eu nunca vou pedir que me perdoem porque eu não mereço perdão”, escreveu. Em seguida, ela ressalta a falta que sente da família. “Sinto falta de vocês todos como se estivéssemos separados há uma década (…) Eu tive muitas horas para pensar como somente na ausência de vocês eu finalmente, aos 25 anos de idade, percebi o lugar que vocês ocupam em minha vida.”

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A refém também tenta tranquilizar os parentes ao dizer que está em um “local seguro, totalmente sem ferimentos e saudável”. E pede que nas negociações sobre sua libertação não fiquem a cargo da família. “Isso nunca deve se tornar sua obrigação”.

“Nenhum de nós poderia saber que isso demoraria tanto, mas saibam que eu também estou lutando da forma que eu posso e tenho muito espírito de luta dentro de mim. Eu não vou cair, não vou desistir, não importa quanto tempo isso demore”, escreveu.

Ela encerra o texto pedindo paciência aos familiares. “Eu sei que vocês iriam querer que eu continuasse forte. Isso é exatamente o que eu estou fazendo. Não temam por mim, continuem a rezar. Se Deus quiser estaremos juntos em breve”.

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A carta foi enviada por meio de outros reféns que foram liberados pelos terroristas. Kayla foi sequestrada em agosto de 2013, em Aleppo, na Síria, quando trabalhava com refugiados. Segundo a rede Fox News, ela foi levada junto com o namorado sírio, que foi liberado pelo Estado Islâmico dias depois. Ele teria voltado para tentar convencer os jihadistas a também liberarem a americana, sem sucesso, conforme uma fonte de segurança informou à emissora.

Familiares da refém disseram que o Estado Islâmico entrou em contato em maio com uma prova de que ela estava viva e a exigência do pagamento de um resgate de 7 milhões de dólares. O prazo dado pelo grupo terminou no dia 13 de agosto do ano passado. Não se sabe o que aconteceu depois dessa data.

Depois de se formar no Arizona em 2009, relatou a rede CNN, ela trabalhou com grupos humanitários no norte da Índia, em Israel e nos territórios palestinos. Ela voltou ao Arizona dois anos depois e foi voluntária em um abrigo para mulheres e também trabalhou em uma clínica para tratamento da aids. Depois de um ano como babá na França, ela viajou para a fronteira da Turquia com a Síria para atender a refugiados.

Na última semana, sem apresentar provas, o Estado Islâmico afirmou que Kayla morreu em um ataque aéreo da Jordânia que atingiu o prédio em que ela estava. O governo jordaniano, que prometeu vingança contra os terroristas depois da execução bárbara do piloto Moaz Kesasbeh, classificou a alegação do EI de ‘propaganda’. Nesta terça, ao confirmar a morte da refém, o presidente Obama jurou punir os terroristas responsáveis.

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