Estados Unidos impõem sanções à companhia aérea do Irã
Empresa é acusada de oferecer apoio a grupos terroristas como o Hezbollah
Entenda o caso
- • Os Estados Unidos acusam o Irã de armar um complô para matar o embaixador saudita em Washington, Adel al-Jubeir, em um ataque terrorista.
- • Um agente secreto da DEA (agência antidrogas) no México se fez passar por um narcotraficante para participar do atentado, que culminaria na explosão de uma bomba na capital americana.
- • Mansor Arbabsiar, um iraniano de 56 anos naturalizado americano, foi preso no dia 29 de setembro ao voltar do México após realizar várias reuniões com esse falso narcotraficante – e teria admitido o plano.
- • Outro iraniano suspeito, Gholam Shakuri, membro do grupo de elite militar Al-Qods, que faz parte da Guarda Revolucionária e teria planejado tudo, está foragido.
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que aplicará sanções contra a companhia aérea iraniana Mahan, acusada de dar apoio financeiro, material e tecnológico para a Força Qods, unidade da Guarda Revolucionária do país dos aiatolás. A Força Qods, por sua vez, estaria envolvida no complô para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al-Jubeir. “A estreita ligação da empresa com a Força Qods, que inclui transporte secreto de agentes, armamento e dinheiro em seus voos, revela a infiltração da Guarda Revolucionária no setor comercial do Irã, com o objetivo de facilitar o terrorismo“, afirmou o subsecretário do Tesouro de EUA, David Cohen.
As restrições americanas proíbem que indivíduos ou entidades dos Estados Unidos façam negócios com a companhia aérea. E todos os ativos da Mahan sob jurisdição americana foram congelados. Segundo o governo dos EUA, a viação aérea transportou integrantes da Força Qods entre Irã e a Síria para instrução militar. A companhia aérea também teria facilitado a viagem clandestina de oficiais de volta ao Irã.
Além disso, um comunicado do governo dos EUA afirmou que a Mahan realiza viagens para membros do Hezbollah, acrescentando que a companhia transportou pessoal, armamento e bens em nome da organização terrorista.
(Com agência EFE)