Estados Unidos confirmam quinto caso de coronavírus
Paciente do Arizona também esteve na província de Wuhan, na China
O Estados Unidos confirmaram neste domingo, 26, a presença de cinco casos de infecção por coronavírus em seu território. O último paciente foi diagnosticado no condado de Maricopa, no estado do Arizona. Mais cedo, a Agência de Saúde de Orange County, atestou a presença de dois doentes na Califórnia: um na região de Los Angeles e outro em Orange. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a condição dos infectados é estável.
Na última semana, outros dois casos foram confirmados no país. O primeiro diagnóstico ocorreu na terça-feira, 21, em Seattle, noroeste dos Estados Unidos: um homem de cerca de 30 anos que voltou de uma viagem à China e está isolado na capital americana, Washington. Três dias depois, uma mulher de 63 anos que também teria contraído o vírus após uma visita a Wuhan foi identificada. Segundo as autoridades americanas, ela não apresentou sintomas da doença no trajeto. A comunidade científica, contudo, vem atentando para o fato de que a doença é contagiosa antes do aparecimento dos sintomas.
Com a escalada da epidemia de coronavírus, que já matou pelo menos 2.051 pessoas, o governo dos Estados Unidos ordenou a retirada de cerca de mil cidadãos e diplomatas americanos da província de Wuhan, na China, considerada o “marco zero” da transmissão. Todos os casos confirmados nos Estados Unidos são de pessoas que vieram da região.
Autoridades americanas afirmaram que o número deve atingir a casa das dezenas conforme os viajantes provenientes vindos de Wuhan forem submetidos aos testes. No Canadá, o Centro Sunnybrook de Ciências e Saúde está tratando de um homem de 50 anos que também viajou do país asiático para Toronto. Austrália, Malásia e Japão identificaram casos da doença. Na China, número de mortos já chega a 56.
Os habitantes de Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus na China, descrevem como um filme de terror o cenário caótico atual nos hospitais da cidade. Neste domingo, a China proibiu temporariamente em todo o país a venda de animais silvestres em mercados, restaurantes e plataformas de comércio eletrônico. Animais selvagens e caçados, muitas vezes empacotados juntos em mercados chineses, têm sido considerados incubadoras que permitem ao vírus evoluir e pular a barreira das espécies para os seres humanos.
(Com Reuters e APF)