
Eluana Englaro, italiana em coma há 17 anos e cuja alimentação artificial foi suspensa na última sexta-feira, está em “estado físico ótimo”, afirmou o neurologista responsável pelo acompanhamento do caso, Carlo Alberto Defanti. Em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Corriere della Sera, o médico estima que a morte de Eluana deve ocorrer entre 12 e 14 dias após o desligamento dos aparelhos – isso caso não seja aprovado o projeto de lei que o governo italiano apresentou para evitar a eutanásia.
Segundo Defanti, excluindo-se as lesões cerebrais, Eluana está em estado de saúde normal. “Ela nunca sofreu uma doença e nunca foi necessária a utilização de antibióticos. Os órgãos internos não sofreram nenhum tipo de lesão”, afirmou. Eluana sofreu um acidente de trânsito em 1992, que a deixou em estádio vegetativo. Em novembro do ano passado, seus pais obtiveram na Justiça, em última instância, uma autorização para deixar a filha morrer. A sentença, no entanto, está sendo ameaçada por um projeto de lei proposto pelo premiê italiano Silvio Berlusconi, que começa a ser votado no Senado nesta segunda.