O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta sexta-feira a declaração do estado de emergência em todo o território nacional, por causa do grande fluxo de cidadãos estrangeiros de países não pertencentes à União Européia. Segundo o comunicado divulgado pelo governo, a decisão tem o objetivo de “potencializar as atividades de contraste e de gestão do fenômeno” migratório, que foi classificado de ‘excepcional’.
De acordo com o governo italiano, o número de entradas de imigrantes clandestinos no primeiro semestre de 2008 duplicou em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 5.378 para 10.611. O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, explicou que a decisão dá uma resposta do estado ao problema da imigração e “não muda nada na política já vigente”. Ele garantiu que as forças armadas não serão convocadas.
A proposta de ampliar o estado de emergência para todo o país foi do ministro do Interior, Robert Maroni. A primeiro ‘alerta’ ocorreu em 2002 e se estendeu até 2007. No início de 2008, com a melhoria da estrutura para receber os imigrantes, o estado de emergência ficou restrito às regiões da Calábria, Puglia, e Sicília, ao sul do país. Na quinta-feira, duas embarcações com 147 clandestinos foram interceptadas a poucos quilômetros da costa da ilha siciliana de Lampedusa, principal porta de entrada para imigrantes.