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Esquerda francesa espera maioria absoluta; direita quer limitar perdas

Por Por María Carmona
8 jun 2012, 12h18

Um mês depois da eleição de François Hollande à Presidência da França, o Partido Socialista (PS) é favorito nas legislativas, que terá o seu primeiro turno realizado no domingo, mas seu objetivo é alcançar a maioria absoluta, enquanto a direita espera limitar as perdas.

Segundo as projeções de intenções de voto realizadas por três institutos de pesquisa, o PS e seus aliados de esquerda podem roçar a maioria absoluta, embora o apoio dos ecologistas lhe seja indispensável.

Os três institutos (TNS Sofres, Ipsos e OpinionWay), cujas estimativas em número de votos são similares, apresentam suas previsões em número de assentos baseadas em “elementos de incerteza”, e seus números diferem devido aos sistemas de modelos distintos.

Mas os três concordam que a esquerda (PS, esquerdas diversas, ecologistas e Frente de Esquerda) obterá a maioria absoluta dos assentos após o segundo turno (ou seja, ao menos 289): 297 a 349 assentos (Ipsos), 305 a 345 (TNS Sofres), 326 a 368 (OpinionWay).

O lema de campanha do partido, “Demos uma maioria à mudança”, é criticado por todos os dirigentes socialistas, começando por sua chefe, Martine Aubry. “A mudança já está em andamento (…) mas é preciso ir mais longe, precisamos de leis (…) precisamos de uma maioria na Assembleia Nacional”, afirmou a primeira-secretária do PS.

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Para o PS é um sinal alentador o resultado do primeiro turno da votação dos franceses residentes no exterior, no qual os candidatos socialistas lideraram os resultados em seis das onze circunscrições.

Os socialistas querem ser majoritários, se possível sem precisar do apoio da Frente de Esquerda (esquerda radical cujo principal componente é o Partido Comunista) para evitar uma “situação de negociação permanente sobre todos os temas”, em palavras do socialista Christophe Borgel.

Mas “hoje não podemos dizer” se haverá esta maioria absoluta, disse Frédéric Dabi, do instituto Ifop.

Para o PS é mais difícil conquistar esta maioria porque, no âmbito de alianças eleitorais, reservou 62 circunscrições aos ecologistas e a outros movimentos de esquerda que apoiaram Hollande.

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Com os assentos destes aliados, “não precisaremos da Frente de Esquerda para ter maioria absoluta”, previu um dirigente socialista. Já “a direita não está em muito bom estado” e “não tem uma mensagem clara”.

Efetivamente, um mês depois da derrota de Nicolas Sarkozy, seu partido, a União por um Movimento Popular (UMP), não acredita em suas possibilidades de vitória e espera apenas limitar as perdas e evitar que o PS obtenha a maioria absoluta.

A UMP, que tinha 315 deputados na Assembleia atual, enfrenta estas eleições duplamente ameaçada pela esquerda, que foi impulsionada pela vitória de Hollande e pela ultradireitista Frente Nacional, que, incentivada pelo bom resultado de sua candidata Marine Le Pen nas presidenciais (17,9%), espera voltar a ter deputados na Assembleia.

Nos comícios e diante da imprensa, os dirigentes da UMP repetem que a vitória é possível, mas em particular são muito menos otimistas. Seu objetivo é, especialmente, “limitar as perdas” com o pano de fundo da guerra de chefes que disputam a liderança deixada por Sarkozy.

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“O paradoxo é que há uma grande diferença entre os militantes, que continuam muito motivados, e os dirigentes, que anteciparam a provável derrota e já se situam no período posterior”, afirmou um ex-ministro, referindo-se ao congresso previsto em novembro, no qual os militantes da UMP elegerão o presidente do partido.

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