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Esquerda e direita empatam na Suécia; ultranacionalistas crescem

Nenhuma das duas forças políticas tradicionais do país conseguiu maioria no Parlamento. Extrema direita avançou, mas menos que o esperado

Por Da redação
Atualizado em 10 set 2018, 00h50 - Publicado em 10 set 2018, 00h26

Com quase todas as urnas apuradas, a eleição na Suécia terminou com um empate entre as duas principais forças políticas do país – a social-democracia que forma o governo atual e a oposição de centro direita. Sendo assim, um novo governo vai depender da negociação – e de concessões – entre grupos rivais. O pleito também marcou o avanço, ainda que menor do que o esperado, da extrema direita. O ultranacionalista Democratas da Suécia (SD) ganhou terreno com o discurso anti-imigração e agora espera ser uma voz influente na política sueca.

Na eleição deste domingo, nenhuma das duas grandes alianças conseguiu os 50% dos votos necessários para formar maioria no Parlamento. O bloco do atual primeiro-ministro Stefan Löfven, formado por social-democratas, verdes e pela esquerda, conseguiu 40,6%, o equivalente a 143 cadeiras. A opositora Aliança de Centro Direita, liderada por Ulf Kristersson e composta por partidos liberais, conservadores e cristãos, obteve 40,3% dos votos, que também equivalem a 143 cadeiras.

Com um forte discurso nacionalista e anti-imigração, em oposição à chegada em massa de muçulmanos e africanos à Suécia nos últimos anos, a SD esperava uma votação consagradora. O partido, que tem um passado neonazista, aspirava conseguir “de 20% a 30%” nas urnas, nas palavras de seu líder, o jovem Jimmie Akesson, de 39 anos. O resultado ficou abaixo, foi de 17,6%, ou 63 cadeiras. Ainda assim, o maior da história da sigla.

“Somos os grandes vencedores dessas eleições. Vamos exercer real influência sobre a política sueca”, disse Akesson após o pleito. O apoio do Democratas da Suécia à Centro-Direita, de fato, decidiria a disputa contra o atual governo. O bloco opositor, no entanto, é avesso a uma aproximação com os ultranacionalistas – vista por liberais e conservadores como um “pacto com o diabo”.

Diante disso, o premiê Löfven fez um aceno a seus tradicionais adversários. “Uma coisa é certa: ninguém teve maioria. Então é natural lançar uma colaboração entre os blocos”, afirmou. “Os eleitores fizeram sua escolha, agora cabe a nós, os partidos decentes, esperar pelo resultado final e negociar e cooperar para fazer com que a Suécia avance com responsabilidade”, acrescentou o chefe do governo, lembrando os partidos da coalizão de centro-direita de sua “responsabilidade moral”.

(Com AFP e EFE)

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