Esquerda aumenta vantagem na Suécia após correção de falha na apuração
Apesar da mudança, atual cenário ainda é de impasse político, já que blocos vencedores não querem pactuar com extrema direita para formar governo
Após a correção de uma falha na apuração nas eleições na Suécia, o bloco formado por partidos de centro-esquerda passou à frente da opositora Aliança de Centro-Direita, com duas cadeiras de vantagem no Parlamento.
A esquerda mantém suas 144 cadeiras, mas a Aliança cai para 142, segundo a apuração provisória. O Parlamento sueco é composto por 349 membros.
Um distrito eleitoral da região de Västergötland, no oeste da Suécia, enviou por erro aos colégios eleitorais, no último domingo 9, os resultados das eleições regionais e não das gerais, segundo explicou a Autoridade Eleitoral.
Na Suécia e em outros países nórdicos, é habitual que se realizem no mesmo dia as eleições gerais, regionais e municipais.
A esquerda obteve 40,6%, contra 40,3% da Aliança e 17,6% do partido de extrema direita Democratas da Suécia (SD), de acordo com o resultado provisório. As autoridades locais ainda esperam algumas variações nos próximos dias, já que as cédulas de eleitores no exterior e os votos antecipados ainda não foram contabilizados.
O SD, um partido da extrema direita e com orientações supremacistas brancas, conquistou cerca de 5 pontos porcentuais a mais do que há quatro anos. A legenda teve o maior ganho entre todos os partidos e está em linha com pesquisas de opinião convencionais.
O sucesso do partido segue um aumento na popularidade de outros partidos da extrema direita na Europa, em meio às crescentes preocupações com identidade nacional, os efeitos da globalização e temores sobre imigração impulsionada por conflitos no Oriente Médio e na África.
A não ser que partidos de centro-esquerda e centro-direita rompam com seus blocos, é provavelmente impossível formar um governo estável sem algum tipo de apoio dos Democratas Suecos, que querem que o país deixe a União Europeia e congele a imigração.
O atual cenário, contudo, dificulta a previsão sobre quais partidos poderiam governar e com quais apoios, já que nem o bloco da esquerda nem a Aliança querem pactuar com o SD.
(Com EFE e Reuters)