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‘Esperávamos pelo dia em que seríamos mortas’, conta refém do Boko Haram

Mulheres libertadas depois de passar meses em poder do grupo terrorista nigeriano falam sobre horror de apedrejamentos, execuções e fome

Por Da Redação
4 Maio 2015, 19h19

Reféns que sobreviveram a meses em poder do Boko Haram afirmaram que mulheres e crianças foram apedrejadas pelos terroristas quando militares se aproximavam do local onde eram mantidas. Elas foram mortas por se recusarem a fugir para outra região quando perceberam que poderiam ser resgatadas pelos soldados, contaram testemunhas. Quase 300 reféns foram retiradas da região de Sambisa na última semana e levadas para um campo de refugiados em Yola, capital do Estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria.

Libertadas, as mulheres relataram os abusos e a matança perpetrada pelos extremistas islâmicos, que executaram garotos e homens adultos diante de suas famílias antes de sequestrarem as mulheres e levá-las para a floresta, onde muitas morreram de fome e doenças. “Todos os dias nós testemunhávamos a morte de uma de nós e esperávamos a nossa vez”, contou Asabe Umaru, jovem de 24 anos e mãe de dois filhos. Ela afirmou à agência Reuters que as mulheres eram seguidas todo o tempo pelos terroristas. “Eles não permitiam que déssemos nem um passo. Se você precisava ir ao banheiro, eles seguiam”.

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Outra refém libertada, Cecilia Abel, disse que seu marido e seu filho foram mortos diante dela, antes que fosse levada junto com outros oito filhos para a floresta. Nas semanas que antecederam a chegada dos soldados, ela afirma que mal comeu. “Éramos alimentados apenas com milho seco, que não era bom para consumo humano. Muitas das que foram levadas morreram em Sambisa. E mesmo depois do resgate, cerca de dez morreram no caminho para cá”.

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Uma repórter da agência de notícias Associated Press descreveu o estado de desnutrição de algumas crianças que estavam no acampamento dizendo que elas pareciam “pequenos corpos esqueléticos”.

Segundo autoridades locais, a maior parte das reféns libertadas é de Gumsuri, aldeia perto da cidade de Chibok, de onde mais de 200 estudantes foram levadas pelo Boko Haram no ano passado. No entanto, aparentemente nenhuma dessas alunas faz parte do grupo que foi libertado na semana passada. Asabe Umaru disse que nunca teve contato com as garotas que foram levadas de Chibok.

(Da redação)

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