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Especialistas criticam proibição de eletrônicos em bagagem de mão

EUA e Reino Unido decidiram proibir laptops, tablets e outros eletrônicos nas bagagens de mão em voos vindos de alguns países do Oriente Médio e da África

Por Da redação
21 mar 2017, 22h06

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido decidiram proibir laptops, tablets, câmeras fotográficas e outros eletrônicos “maiores que um celular” nas bagagens de mão em voos procedentes de alguns países do Oriente Médio e da África. Segundo autoridades dos EUA – os americanos foram os primeiros a adotar a medida, seguidos pelos britânicos – a proibição deriva de um consenso entre agências de inteligência do país, e não de uma ameaça iminente específica, sobre a possibilidade de instalação de bombas em aparelhos eletrônicos.

Especialistas em segurança internacional questionam a eficácia da medida, e alegam, por exemplo, que explosivos escondidos em um dispositivo eletrônico também poderiam explodir na bagagem despachada.

“[A medida] não segue um modelo de ameaça convencional”, disse Nicholas Weaver, pesquisador do Instituto Internacional de Ciências da Computação da Universidade da Califórnia. “Se você assume que um terrorista está interessado em transformar um computador em uma bomba, ela pode funcionar da mesma forma na bagagem despachada. E se você está preocupado com esse tipo de terrorismo, um celular também é um computador”, acrescentou Weaver em entrevista ao jornal The Guardian.

Nos Estados Unidos, a medida que visa prevenir ataques terroristas em voos comerciais atinge aeroportos da Jordânia, Egito, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos. O banimento não atinge os países de maioria muçulmana do decreto anti-imigração assinado por Donald Trump e posteriormente barrado pela Justiça americana.

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A decisão do Reino Unido inclui voos que partem da Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.

“Um potencial problema com essa determinação em que você escolhe alguns países é que você ignora a extensão da ameaça do terrorismo, pois ele não está limitado a um país. Os terroristas têm celulares ao redor do mundo”, disse Paul Schwartz, professor da Universidade da Califórnia ao jornal britânico.

Um agente aposentado do FBI, especialista em contraterrorismo, criticou a decisão por meio do Twitter. “A proibição ignora a realidade do comportamento terrorista”, tuitou David C. Gomez. Segundo ele, os passageiros podem simplesmente voar para Londres, Paris, Amsterdã e trocar de voo para chegar aos Estados Unidos.

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