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Especialistas comparam explosão na usina nuclear do Japão com Chernobyl

De acordo com técnicos, nível de segurança nas usinas japonesas é muito superior ao da ucraniana. Ainda assim, Japão corre riscos

Por Da Redação
13 mar 2011, 13h43

“Em Chernobyl, o reator atingiu um nível de energia muito grande, não havia um compartimento de segurança nem tempo suficiente para evacuar as pessoas”

Marco Ricotti, especialista em usinas nucleares e professor do Instituto Politécnico de Milão

Técnicos e engenheiro estão empenhados em impedir o superaquecimento das barras de combustível em dois reatores nucleares na usina de Fukushima, danificados pelo terremoto dessa sexta-feira. O esforço acontece depois que o governo deu autorização para o vazamento controlado de radiação com o objetivo de aliviar a pressão dentro do reator. Apesar do risco de contaminação nuclear, especialistas comparam o que aconteceu com a usina japonesa e a usina de Chernobyl, Ucrânia, onde ocorreu o pior acidente nuclear da história. Para eles, o sistema nuclear japonês está estruturado em bases muito mais seguras que as de Chernobyl, mas as informações confirmadas pelo porta voz do governo japonês, Yukio Edano, neste domingo, mostram que o risco existe. Segundo ele, é possível que “derretimentos parciais” tenham acontecido e que os funcionários que tentam conter os vazamentos corram sério risco de serem contaminados com radiação.

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Segurança – “Em Chernobyl, o reator atingiu um nível de energia muito grande, não havia um compartimento de segurança nem tempo suficiente para evacuar as pessoas”, compara Marco Ricotti, especialista em usinas nucleares e professor do Instituto Politécnico de Milão. “Em Fukushima, o reator foi desligado, há um compartimento de segurança e tempo suficiente para retirar a população em volta da região.

Oficiais japoneses disseram que o prédio onde está um dos reatores corre risco de explodir depois que o telhado foi destruído no terremoto. O receio é de que se as barras de combustível não resfriarem, elas possam derreter o compartimento que abriga o núcleo do reator, ou até explodir, lançando material radioativo na atmosfera.

Panela de pressão – De acordo com Paddy Regan, físico nuclear da Universidade de Surrey, na Inglaterra, se o derretimento acontecer existem duas formas do material radioativo chegar ao meio ambiente. A primeira é a liberação induzida do ar radioativo para diminuir a pressão do reator, medida considerada pelo governo japonês. A segunda é se a pressão for grande o suficiente para explodir o reator. “Foi o que aconteceu em Chernobyl”, disse Regan.

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Para diminuir a pressão na usina japonesa, continua o especialista, os técnicos podem liberar o vapor, como se fosse uma panela de pressão. “O objetivo é manter a integridade do compartimento de segurança.”

Resfriamento – Para evitar que a radiação seja liberada na atmosfera, o governo japonês está bombeando água do mar para resfriar o reator. Regan explicou que a medida significa uma tentativa para impedir o derretimento do núcleo. “É uma forma de diminuir a pressão no reator nuclear, eliminando a necessidade de liberar radioatividade na atmosfera”.

(Com agência Reuters)

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