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Espanha promove ‘diplomacia econômica’ e busca mais cooperação com o Brasil

Por Da Redação
17 Maio 2012, 17h45

São Paulo, 17 mai (EFE).- O ministro de Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel García-Margallo, defendeu nesta quinta-feira em São Paulo o fortalecimento da ‘diplomacia econômica’ para intensificar os laços econômicos e comerciais entre seu país e o Brasil.

O chefe da diplomacia espanhola disse que sua primeira visita ao Brasil desde que assumiu o cargo tem o objetivo de ‘mostrar a importância que a Espanha’ dá ao Brasil ‘como aliado estratégico’, em entrevista coletiva na sede da Câmara Oficial Espanhola de Comércio, na capital paulista.

A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, com cerca de US$ 85 bilhões, de acordo com dados do Governo Federal.

O ministro, que hoje se reuniu com representantes de grupos espanhóis com interesses no país, afirmou que uma das prioridades de seu Ministério é disponibilizar mais meios e formação às legações diplomáticas da Espanha no exterior para contribuir para o processo de internacionalização das empresas espanholas.

García-Margallo explicou que há 47 embaixadas e 54 consulados que carecem de agentes comerciais, por isso elas receberão a formação adequada para garantir o apoio a qualquer empresa de seu país que busque negócios no exterior, e acrescentou que será reforçada a presença diplomática espanhola no Brasil.

O chanceler, que conversou por mais de uma hora com representantes do setor financeiro, de infraestruturas e energético, entre outros, debateu os assuntos nos quais podem ser obtidos avanços para dinamizar as relações.

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Neste sentido, ele manifestou sua intenção de buscar fórmulas para apoiar a adesão do Brasil à ‘convenção da apostila de Haia’, acordo para o reconhecimento internacional de documentos e do qual o governo brasileiro não é signatário.

Segundo explicou a Efe a diretora-executiva da Câmara, Maria Luisa Castelo, um dos pontos abordados com García-Margallo durante a reunião foi sobre as dificuldades para as pequenas e médias empresas que querem se estabelecer no Brasil, entre as quais ela destacou os altos custos e o elevado nível de burocracia.

Castelo confirmou que o ministro aceitou o compromisso de trabalhar para fornecer informações a essas empresas antes de iniciarem o processo de internacionalização.

Em pronunciamento à imprensa, García-Margallo citou também o conflito com o governo de Cristina Kirchner pela desapropriação de 51% do capital social que a espanhola Repsol detinha na petrolífera argentina YPF.

‘O governo espanhol quer manter as melhores relações possíveis com a Argentina, como sempre aconteceu historicamente’, disse García-Margallo, para quem ‘a decisão do governo da Argentina coloca seu país em um mau caminho’.

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O chanceler acrescentou que agora está sendo procurada ‘uma regra via negociação’, e aceitou como opção legítima de um governo apostar na soberania energética, embora tenha considerado que se trata de ‘um erro no século 21, em um mundo globalizado’.

Quanto à negociação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, o ministro lembrou que se trata de um processo que deve ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelas câmaras legislativas de cada um dos países-membros.

A visita do ministro a São Paulo termina ainda hoje com uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de um encontro com o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e uma recepção no Colégio Miguel de Cervantes.

Posteriormente, García-Margallo irá ao Rio de Janeiro, onde encerrará amanhã sua primeira viagem oficial ao Brasil, que começou na quarta-feira em Brasília, com uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. EFE

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