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Escritor é assassinado a tiros diante de sua casa no Iraque

Alaa Mashzoub é autor de romances e publicava artigos críticos aos partidos políticos religiosos do país e de defesa às liberdades civis

Por Da Redação
4 fev 2019, 17h13

O escritor iraquiano Alaa Mashzoub foi assassinado neste sábado 2 na frente de sua casa, na cidade de Karbala, ao sul de Bagdá. Claramente considerado como execução, o crime vem causando indignação na comunidade literária internacional.

O romancista, de 50 anos, recebeu “mais de dez” tiros, segundo o comandante da polícia de Karbala, Abdel Abbas Mohammed. Os responsáveis pela morte ainda não foram identificados. A polícia abriu uma investigação sobre o assassinato, que não foi reivindicado por nenhum grupo, segundo acrescentou o comandante.

A União Geral de Escritores informou que Mashzoub foi morto em plena luz do dia, quando voltava para casa, depois de sair de uma reunião semanal dessa associação. A organização culpou as autoridades iraquianas pela “incapacidade de manter a segurança pública” e de “proteger os escritores”.

Mashzoub, nascido em 1968, publicou mais de 15 livros, entre eles O Caos da Nação, de 2004, selecionado como um dos melhores livros da Feira do Livro de Abu Dhabi daquele ano.

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O autor, que também publicava artigos em vários jornais, nos quais se mostrava crítico aos partidos políticos religiosos e defensor das liberdades civis. O Ministério de Cultura do Iraque afirmou em comunicado que Mashzoub era “um dos mais distintos criadores e literatos” do Iraque.

A organização não-governamental Centro do Golfo para os Direitos Humanos condenou o crime, que se soma a uma série de assassinatos de jornalistas, bloggers, defensores dos direitos humanos e advogados “que continuam valentemente trabalhando, apesar dos riscos de violência”.

Artistas e intelectuais de Karbala realizaram um protesto na cidade em a homenagem  a Mashzoub no domingo 3. “Isto é um assassinato de palavras – palavras livres, honestas e belas”, disse o escritor Ali Lefta Said à agência de notícias AFP.

(Com EFE)

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