O governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, acusado de ter utilizado dinheiro público para gastos pessoais, não resistiu às pressões e apresentou sua renúncia nesta quarta-feira, horas antes de um voto de censura na Assembleia local. A renúncia do político de 67 anos, que participava ativamente na preparação dos Jogos Olímpicos de 2020, é um novo golpe para a organização do evento, já salpicado por vários escândalos.
Nove partidos, incluindo os que apoiaram sua candidatura em 2014, exigiam a renúncia de Masuzoe, que será efetivada em uma votação na Assembleia, em 21 de junho. O governador estava envolvido num escândalo de mau uso de dinheiro público revelado pela imprensa no final de abril. De acordo com as denúncias, Masuzoe usou dinheiro do governo para pagar estadias em hotéis cinco estrelas, jantares em restaurantes de luxo e compra de obras de arte.
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A organização da Olimpíada de 2020 está sob escrutínio no Japão e na Europa. O comitê organizador foi obrigado a mudar seu logotipo este ano após a denúncia de plágio de um desenhista belga. Além disso, há problemas causados pelos custos excessivos do novo estádio olímpico e a procuradoria francesa investiga pagamentos no valor de 2 milhões de dólares (quase 8 milhões de reais) de pessoas ligadas à candidatura de Tóquio para uma conta secreta vinculada ao Comitê Olímpico Internacional.
(Da redação)