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Escalada de tensão: Israel prende 40 palestinos por participar de ataques

Em menos de uma semana ocorreram seis ataques na Cisjordânia, onde colonos israelenses mantém convivência conflituosa com palestinos

Por Da Redação
Atualizado em 14 dez 2018, 13h04 - Publicado em 14 dez 2018, 12h21

Pelo menos 40 palestinos foram presos pelas forças de segurança de Israel durante a noite desta quinta-feira 13 acusados de pertencer ao grupo islamita Hamas e de participar de uma série de ataques que aumentaram a tensão na Cisjordânia nos últimos dias.

Segundo informou o Exército israelense nesta sexta-feira, 14, suas tropas efetuaram as prisões na noite passada na cidade de Ramallah, sede do governo palestino. Os detidos são suspeitos de participar de “atividades terroristas, terror popular e distúrbios violentos contra civis e forças de segurança”.

As forças também seguem com a busca pelo suspeito de ter matado dois soldados israelenses e ferido dois civis em um ponto de ônibus perto do assentamento judaico de Guivat Asaf.

Trinta e sete dos 40 palestinos detidos, que foram presos em uma operação conjunta do exército, da Polícia de Fronteiras e da polícia israelense, são acusados de pertencer ao Hamas, segundo um porta-voz militar.

Território ocupado há mais de 50 anos e onde 400.000 colonos israelenses mantém uma convivência muitas vezes conflituosa com mais de 2,5 milhões de palestinos, a Cisjordânia vive um momento de escalada de tensão.

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Em menos de uma semana ocorreram seis ataques palestinos. Na quinta, um atirador matou dois militares israelenses em um terminal de ônibus perto do assentamento de Guivat Asaf. O veículo fugiu em direção a Ramallah, no centro da Cisjordânia.

No último domingo 9, um ataque semelhante no assentamento de Ofra atingiu uma mulher grávida, que deu à luz prematuramente e perdeu seu filho dois dias depois. O responsável foi morto pelas forças israelenses em uma operação na madrugada de quinta.

No mesmo dia, um homem esfaqueou e feriu dois policiais israelenses no leste de Jerusalém, antes de ser morto a tiros. Além disso, foram registradas duas tentativas de atropelamento na terça-feira 11 e outra ontem.

Medidas Punitivas

Como resposta ao aumento da tensão na região, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que tomará medidas punitivas contra a Cisjordânia. O premiê decidiu “acelerar a demolição das casas” dos agressores palestinos, o que começará “dentro de 48 horas”, informou seu escritório em comunicado divulgado na quinta.

O primeiro-ministro também anunciou a revogação das permissões de saída da Cisjordânia aos “familiares de terroristas e colaboradores”, além do bloqueio da cidade de Al Bireh, perto de Ramallah.

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Segundo Netanyahu, as forças de segurança aumentarão “as detenções administrativas” dos membros do movimento islamita palestino Hamas na Cisjordânia.

Por outro lado, o chefe de governo israelense adiantou que irá tramitar as regularizações de milhares de casas em assentamentos judaicos da Cisjordânia, que foram construídas “de boa fé e cujo status legal não foi regulamentado até agora (pela lei de Israel)”.

Segundo a agência de notícias palestinas Wafa, o Exército fechou ontem todos os postos de controle que dão acesso às cidades de Ramallah e Al Bireh. Além disso, centenas de colonos se concentraram em frente à residência do primeiro-ministro para denunciar a situação de insegurança e exigiram ações mais contundentes contra os recentes ataques.

Por outro lado, vários colonos invadiram ontem à noite a aldeia cisjordaniana de Ein Yabroud e, segundo testemunhas citados pela Wafa, abriram fogo contra várias casas palestinas.

O grupo era formado por moradores do assentamento de Ofra, vítima de um dos ataques desta semana. A maioria das pessoas que invadiu a aldeia de Ein Yabroud estava armada.

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(Com EFE e AFP)

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