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Erdogan acusa os EUA de criarem um ‘exército terrorista’

O plano americano de estabelecer uma força fronteiriça com 30 mil membros na fronteira da Turquia também incomodou Síria e Rússia

Por Da redação
15 jan 2018, 13h53

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta segunda-feira os Estados Unidos de estarem formado um “exército terrorista” na fronteira sul do país.

“Um país que chamamos de aliado insiste em criar um exército terrorista”, afirmou o presidente durante um discurso em Ancara. Ele acrescentou que irá tomar medidas para proteger o país e ameaçou ações “a qualquer momento”.

O comentário veio logo após Washington anunciar planos de estabelecer uma força de fronteira com 30.000 membros dentro da Síria para proteger territórios mantidos por seus aliados. No anúncio, feito no último domingo, os Estados Unidos disseram estar trabalhando com milícias sírias, as Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda, para estabelecer a nova força.

A força irá operar ao longo de fronteiras com a Turquia e com o Iraque, assim como dentro da Síria ao longo do rio Eufrates, que separa a maior parte dos territórios das FDS dos territórios mantidos pelo governo.

A Turquia considera a milícia curda apoiada pelos Estados Unidos uma ameaça à sua segurança nacional. O país diz que o movimento sírio curdo PYD e a milícia afiliada YPG, que formam a espinha dorsal das FDS apoiadas pelos Estados Unidos na Síria, são aliadas do PKK, um grupo curdo banido, que promove uma insurgência no sul da Turquia.

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“Os Estados Unidos estabelecendo um aspirante a exército do terror sob o disfarce de uma ‘Força da Segurança da Fronteira Síria’ equivale a brincar com fogo”, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bekir Bozdag, em publicação no Twitter.

Síria e Rússia

Além da Turquia, os planos também incomodaram o governo sírio e a Rússia. A Síria prometeu expulsar a presença norte-americana do país. A Rússia, principal aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que os planos norte-americanos revelaram um complô para dividir a Síria.

Desde 2014, os Estados Unidos têm liderado uma coalizão internacional usando ataques aéreos e tropas das forças especiais para auxiliar 2.000 combatentes em solo em confrontos contra militantes do Estado Islâmico na Síria.

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A intervenção americana aconteceu principalmente na periferia da guerra civil de quase sete anos, que matou centenas de milhares de pessoas e expulsou mais de 11 milhões de suas casas.

O Estado Islâmico foi efetivamente derrotado no ano passado, mas Washington diz que suas tropas estão preparadas para ficar para garantir que o grupo militante islâmico não retorne, também citando a necessidade de progresso significativo em conversas de paz lideradas pela Organização das Nações Unidas.

O governo do presidente Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irã, teve grandes progressos nos últimos dois anos em derrotar uma série de oponentes e restaurar controle de quase todas as principais cidades da Síria. O governo considera a contínua presença norte-americana uma ameaça à sua ambição de restaurar controle completo sobre todo o país.

(Com Reuters)

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