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Entrevista a Sean Penn ajudou a colocar ‘El Chapo’ de volta na cadeia

Chefe do cartel de Sinaloa manteve encontros secretos com o ator americano para relato publicado na 'Rolling Stone', dando, assim, uma ajudinha para as autoridades mexicanas

Por Da Redação
10 jan 2016, 07h39

A vaidade do traficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán, que foi recapturado na sexta-feira em Sinaloa, cidade onde ele fundou um dos maiores e mais violentos cartéis de drogas do planeta, pode ter contribuído para que ele fosse encontrado pelas autoridades mexicanas. O criminoso chegou a conceder uma entrevista ao ator americano Sean Penn para a revista Rolling Stone – e o relato ajudou a polícia a capturá-lo, afirma o governo do México. Agora, “El Chapo” deve ser extraditado para os Estados Unidos.

Em artigo publicado no fim do sábado na revista Rolling Stone, Penn relembrou um longo encontro com Guzmán, que havia escapado em julho de uma prisão de segurança máxima mexicana pela segunda vez em 14 anos. Guzmán, conhecido como “El Chapo”, ou “Baixinho”, queria que sua história se tornasse tema de um filme, conta o ator. O encontro foi intermediado pela estrela do cinema mexicano Kate del Castillo, segundo o artigo de Penn. Kate, que atuou como uma líder do narcotráfico na série televisiva A rainha do sul, estava havia vários anos em contato com Guzmán, trocando mensagens de texto e cartas, segundo o ator.

A procuradora-geral Arely Gómez disse no fim da sexta-feira que reuniões entre associados de Guzmán com atores e outras pessoas do mundo do cinema haviam ajudado as autoridades a encontrar o fugitivo. Arely afirma que os advogados de Guzmán eram monitorados pelas autoridades, enquanto se reuniam com produtores e atrizes para o projeto cinematográfico. Outro membro do governo mexicano disse que dois atores estavam sob investigação, sem dar detalhes.

Em sua primeira entrevista em décadas, Guzmán admitiu a Penn que era um líder do narcotráfico. “Eu forneço mais heroína, metanfetamina, cocaína e maconha que qualquer um no mundo”, disse ele. “Eu tenho uma frota de submarinos, aeronaves, caminhões e barcos”. Guzmán teve uma infância pobre, mas se tornou líder de um império a partir do Estado mexicano de Sinaloa, responsável por até um quarto de toda droga traficada para os EUA a partir do México. Várias vezes, o líder criminoso esteve na lista da Forbes das pessoas mais poderosas no mundo.

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O escritório da procuradoria-geral disse em comunicado no sábado que reiniciaria os procedimentos para extraditar Guzmán, baseando-se em dois pedidos dos EUA. Um dos advogados dele, Juan Pablo Badillo, disse que seu cliente não poderia ser extraditado, porque é mexicano e o país tem leis adequadas e “uma Constituição justa”. O processo de extradição pode levar semanas ou mesmo meses.

(Com Estadão Conteúdo)

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