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Entenda o ‘shutdown’, paralisação nos EUA que fecha museus, atrasa voos e sacode economia

Por falta de consenso entre republicanos e democratas na lei orçamentária, o governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira, 1°

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 out 2025, 12h13 - Publicado em 1 out 2025, 11h58

Por falta de consenso entre republicanos e democratas na lei orçamentária, o governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira, 1°, o que significa que uma série de serviços federais estão suspensos até que uma legislação seja aprovada. O “shutdown” impacta uma variedade de serviços, podendo levar a atrasos em voos e na liberação de documentos de viagem para estrangeiros e à falta de funcionários em parques federais e museus, o que deixa margem para vandalismo se permanecerem abertos a visitação.

Esta é a 15ª vez que o país entra em “shutdown” desde 1981. Paralisações por disputas orçamentárias são um aspecto único da política americana. Lá, os diferentes poderes do governo precisam chegar a um acordo sobre os planos de gastos antes que eles se tornem lei. Na maioria dos países, as votações são uma espécie de voto de confiança no próprio governo. Mas, como os Estados Unidos têm poderes com pesos iguais e, frequentemente, divididos, esse não é o caso.

No último “shutdown”, ocorrido no primeiro mandato de Trump, em 2018, as atividades ficaram suspensas por 35 dias, o período mais longo já registrado na era moderna dos EUA. Agora, o republicano ameaça cortes “irreversíveis” de programas de assistência médica e benefícios sociais. Entenda o que está em jogo na paralisação.

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Serviço aéreo

Estrangeiros podem ser afetados pela paralisação, já que o processamento de documentos de viagem pode levar mais tempo do que o normal. Há expectativa de longas filas de segurança e atrasos devido à ausência de ​​controladores de tráfego aéreo que, pela falta de remuneração devido ao “shutdown”, encontram caminhos para permanecer em casa no lugar de trabalhar de graça.

Os funcionários de controle de tráfego aéreo e da Administração de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) são considerados “essenciais”, por isso, são obrigados a trabalhar. Na paralisação de 2018, os trabalhadores começaram a faltar cada vez mais por motivos de saúde, levando a atrasos generalizados. Hoje, cerca de 11 mil funcionários da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) já foram afastados, enquanto 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando mesmo sem receber salário.

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Parques, museus e zoológicos

Os famosos museus do Smithsonian Institution continuarão abertos até a próxima segunda-feira, 6 de outubro, por ter dinheiro disponível de anos anteriores para manter as operações. Os animais do Zoológico Nacional também “continuarão sendo alimentados e cuidados”, de acordo com o Smithsonian, que administra o parque. Mas as webcams, consideradas não essenciais, serão desligadas. Com isso, o público deixará de conseguir ver pandas, leões, elefantes e ratos-toupeira-pelados.

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Terras federais, como Parques Nacionais e Florestas Nacionais, podem permanecer abertas mesmo que funcionários sejam solicitados a permanecer em casa. Durante a última paralisação, em 2018, parques e florestas nacionais continuaram disponíveis a visitação, mas com poucos ou nenhum pessoal. Isso levou a casos de vandalismo, bem como acúmulo de lixo nos parques. Preocupados com os riscos, um grupo de mais de 40 ex-superintendentes apelou à Casa Branca para fechar completamente as áreas até o fim do “shutdown”.

“Não deixamos museus abertos sem curadores, nem aeroportos sem controladores de tráfego aéreo — e não devemos deixar nossos parques nacionais abertos sem funcionários do Serviço Nacional de Parques”, apelou Emily Thompson, da Coalizão para a Proteção dos Parques Nacionais da América.

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Programas de saúde

O Medicare e o Medicaid, programas sociais de saúde para idosos e pobres, continuarão a funcionar. Haverá, contudo, escassez de funcionários, capazes de causas interrupções nos serviços. Os programas de assistência alimentar serão afetados, com a previsão de que o Programa de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebês e Crianças (WIC) fique sem fundos. Espera-se que o Programa de Assistência Nutricional Suplementar funcione por mais um tempo, mas também correm risco de escassez de verba.

A emergência para desastres não será afetada, mas o Programa Nacional de Seguro contra Inundações será fechado. Se a paralisação se prolongar, é possível que a Administração Federal de Gestão de Emergências (Fema) acabe sem recursos para seu Fundo de Assistência a Desastres. Agências como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) também afastaram funcionários, o que deve afetar o andamento de pesquisas científicas e experimentos.

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Economia

A escala dos danos econômicos vai depender, em parte, da duração da paralisação – e de sua abrangência. No geral, analistas esperam que esta possa ser maior do que a última, em 2018. Estima-se que o atual shutdown pode reduzir em cerca de 0,1 a 0,2 ponto percentual o crescimento econômico a cada semana – embora grande parte desse valor possa ser recuperada depois que o governo voltar a funcionar normalmente.

O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estimou que a paralisação de 2018-2019 reduziu a produção econômica em cerca de US$ 11 bilhões, incluindo US$ 3 bilhões que nunca foram recuperados. A grande diferença, desta vez, é que Trump ameaçou demitir – não apenas afastar temporariamente – alguns trabalhadores, o que tornaria o impacto mais duradouro.

Fora isso, o presidente passou os últimos nove meses cortando drasticamente a força de trabalho federal. O contexto também é mais desfavorável, já que estamos falando de uma economia já afetada por turbulências como tarifas e inteligência artificial, com o provável atraso de dados importantes – como o relatório mensal oficial de empregos dos EUA –, o que deve aumentar a incerteza.

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