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Enquanto Trump defende flexibilizar leis, Biden aposta em energia limpa

Ao contrário do atual presidente dos EUA, candidato democrata promete investir em tecnologias para o meio ambiente e na produção de energia livre de carbono

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jul 2020, 15h44 - Publicado em 15 jul 2020, 15h17

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, corre para flexibilizar leis ambientais do país e acelerar obras de infraestrutura como rodovias, gasodutos e usinas, seu adversário nas eleições de novembro, Joe Biden, prometeu investir ambiciosos 2 trilhões de dólares (10,7 trilhões de reais) para transformar toda energia produzida no país em fonte livre de carbono até 2035, caso seja eleito.

Desde o início de seu governo, Trump deixou claro quais seriam suas políticas para o meio ambiente. Em 2017, poucos meses após assumir o cargo, o republicano anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris. O magnata também afirmou em diversas ocasiões que não aceita a ideia de que as emissões estão causando mudanças climáticas significativas e ainda revogou o Plano de Energia Limpa criado pela administração do democrata Barack Obama para reduzir as emissões das usinas de carvão.

Nesta quarta-feira, 15, a Casa Branca anunciou que Trump fará modificações na Lei Nacional de Política Ambiental, um dos principais mecanismos de conservação do país. Seu objetivo é flexibilizar a legislação para acelerar a concessão de permissões para a construção de rodovias, usinas e oleodutos.

O americano defende que processos demorados de licenciamento atrasaram grandes projetos de infraestrutura em todo o país, incluindo uma expansão da rodovia Interestadual 75 na Geórgia. Congressistas republicanos e empresários da indústria de petróleo e gás, construção e outras áreas também argumentam que o processo federal de autorização para obras leva muito tempo e acusam ambientalistas de usar a lei para barrar projetos aos quais se opõem.

Críticos consideram a revisão da Lei Nacional de Política Ambiental, que existe há mais de 50 anos, uma das maiores ações desregulamentadoras do governo Trump. Ao todo, a atual administração já revogou 100 regras de proteção ambiental, entre conservção do ar, das águas potáveis ​​e de combate às mudanças climáticas.

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Caso o presidente não seja reeleito em novembro, o próximo mandatário poderia reverter a flexibilização da legislação com a maioria simples de votos no Congresso.

Energia limpa

Ao mesmo tempo em que Trump recebe críticas por suas ações, Joe Biden constrói sua campanha ancorado em projetos ambiciosos. Algumas de suas promessas são quase antônimos dos projetos defendidos pela atual Casa Branca, inclusive em seu apoio à proteção ambiental.

O democrata prometeu, se eleito, dedicar 2 trilhões de dólares à transformação da energia do país, tornando-a fonte 100% livre de carbono até 2035. “Não vamos mais desperdiçar tempo”, disse.

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“Quando Donald Trump pensa em mudança climática, a única palavra que ele usa é farsa”, disse Biden em evento de campanha em Wilmington, Delaware. “Quando penso em mudanças climáticas, penso em empregos”.

A equipe de campanha de Biden prometeu fornecer detalhes sobre o plano energético nas próximas semanas. O candidato presidencial democrata já havia prometido recolocar os Estados Unidos no Acordo de Paris.

Biden também disse que aumentaria os impostos sob grandes empresas e fortunas, investiria em produtos e empresas americanas e no desenvolvimento de novas tecnologias, se for eleito presidente em novembro.

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