Istambul, 1 abr (EFE).- Será realizada neste domingo, em Istambul, na Turquia, a segunda cúpula do grupo ‘Amigos da Síria’, composto por 70 países e que pretende dar uma solução ao conflito no país governado por Bashar al Assad, embora as chances de sucesso do encontro sejam muito pequenas.
As autoridades turcas esperam que cerca de 40 ministros das Relações Exteriores participem da cúpula, enquanto os outros países mandarão outros representantes.
Em 24 de fevereiro, a primeira cúpula do grupo não avançou nas discussões sobre o conflito. A finalidade do encontro é ‘pôr fim à violência na Síria, conseguir a retirada de todas as forças armadas e militares das cidades e povoados do país, superar a crise humanitária e estabelecer um corredor de ajuda para os mais necessitados’, afirmou em comunicado o Ministério de Relações Exteriores da Turquia.
Nesse sentido, serão debatidas a implementação de sanções contra a Síria, acrescentou a nota. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que se reuniu no sábado em Riad com o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, deverá participar da cúpula.
Após o encontro, Hillary pediu ao enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que fixe um calendário para a aplicação de seu plano, que contempla o fim da violência e a retirada das tropas militares das ruas.
Entre as ausências mais importantes da reunião está justamente Annan, que se desculpou para o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, alegando que apresentará hoje mesmo um relatório sobre a Síria na sede das Nações Unidas, em Nova York.
Também não participará do encontro a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que não estará no evento devido a ‘problemas de agenda’.
Segundo o diário local ‘Zaman’, a ausência está relacionada com a negativa de Ancara de convidar o Chipre, país membro da UE, mas que não mantém relações com a Turquia.
Também não participarão da cúpula outros dois países importantes na resolução do conflito sírio, a Rússia e a China, enquanto o Irã, um dos maiores defensores do regime de Assad, não foi convidado.
A eclética oposição síria não conseguiu superar suas diferenças internas e não enviará uma delegação sólida para a cúpula. EFE