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Enfemeira vítima de trote sobre Kate vai ser enterrada na Índia

Jacintha Saldanha será enterrada na cidade indiana de Shirva, segundo recado publicado por seu marido, Ben Barboza, em sua página no Facebook

Por Da Redação
9 dez 2012, 18h02

O enterro de Jacintha Saldanha, enfermeira indiana encontrada morta pela polícia de Londres na última sexta-feira, será na cidade de Shirva, na Índia. A informação foi publicada na página do marido de Jacintha, Benedict Barboza, no Facebook. “Estou arrasado com a perda trágica de minha amada esposa Jacintha em circunstâncias trágicas, ela vai ser colocada para descansar em Shirva, na Índia”, escreveu.

A enfermeira foi encontrada morta dias depois de ter sido vítima de um trote feito por uma emissora de rádio australiana, a 2Day FM. Jacintha atendeu a um telefonema dos radialistas Mel Greig e Michael Christian, que fingiam ser a rainha Elizabeth II e o pai de William, príncipe Charles. Não havia recepcionista de serviço e Saldanha repassou a ligação a uma colega, que divulgou os detalhes da recuperação de Kate Middleton durante o período em que esteve internada devido a enjoos causados por sua gravidez. O trote foi gravado e examinado por advogados antes de ser transmitido aos ouvintes em Sydney.

Flores foram colocadas no sábado em frente ao alojamento das enfermeiras onde o corpo de Saldanha foi encontrado. Na casa da família, em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, parentes e amigos se reuniram para consolar seu marido e o casal de filhos, de 14 e 16 anos. Informações divulgadas afirmam que a família se mudou da Índia há cerca de uma década.

A polícia ainda não concluiu as investigações, mas afirmou que há chances de Jacintha Saldanha ter tirado a própria vida depois de ter caído no trote elaborado pelos australianos.

Interrogatório – Jornais australianos afirmaram que Greig e Christian passaram por interrogatório da polícia após um pedido da Scotland Yard. “Mas tenho que ressaltar que não nos foi indicado que um crime ocorreu”, afirmou o vice-delegado de polícia do estado de New South Wales, Nick Kaldas . “Eles não pediram nada ainda. Eles simplesmente entraram em contato e nos avisaram sobre seu interesse, e eles irão nos contactar novamente se quiserem alguma coisa”.

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A rádio 2Day FM já havia enfrentado problemas legais três anos atrás, quando a mesma dupla de radialistas induziu uma menina de 14 anos a confessar em um programa ao vivo, na presença da mãe, que havia sido estuprada aos 12 anos. À época, a emissora de rádio só conseguiu manter sua licença para continuar transmitindo após um comprometimento dos proprietários junto ao órgão que regula o conteúdo veiculado por empresas de comunicação na Austrália de que a participação de crianças na programação seria supervisionada.

Meses depois, a dupla de radialistas foi novamente inquirida pelas autoridades australianas depois de ofender uma jornalista que fazia reportagem na rua para a própria emissora de rádio, chamando-a de “gorda”, entre outros xingamentos.

A morte da enfermeira desencadeou uma enxurrada de críticas direcionadas aos apresentadores, que foram afastados do ar e estão escondidos. Segundo a imprensa australiana, anunciantes também suspenderam seus contratos de patrocínio à programação da emissora.

Pedido de desculpas – A emissora tentou se desculpar pelo ocorrido por meio de um comunicado enviado à imprensa em que afirmava que a morte de Jacintha foi “lamentável e imprevisível”. Os proprietários da rádio também afirmaram que vão rever seus processos de transmissão, para evitar que casos semelhantes se repitam.

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Executivos da Southern Cross Austereo, empresa que controla a rádio, realizaram uma reunião de emergência para analisar uma carta enviada pelo Lord Simon Glenarthur, presidente do Hospital King Edward VII de Londres, protestando contra o trote “espantoso”. Em sua carta, Glenarthur exortou a empresa a garantir que telefonemas como esse não voltem a ocorrer. “É muito cedo para saber todos os detalhes que levam a este evento trágico e estamos ansiosos para rever os resultados de qualquer investigação que possam ser disponibilizados para nós ou tornados públicos”, respondeu a Southern Cross Austereo.

Segundo os executivos, todos os funcionários da rádio cooperarão para o esclarecimento dos fatos. “Como dissemos em nossas próprias declarações sobre o assunto, o resultado foi imprevisível e muito lamentável. Posso garantir que estamos tomando medidas imediatas e revendo a difusão e os processos envolvidos”, afirmaram os executivos, em nota.

(Com Agência France-Presse)

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