Enchentes deixam 10 mortos e mais de 70 desaparecidos
Primeira-ministra diz que números devem aumentar; terceira maior cidade do país está debaixo d´água
O rio Brisbane transbordou nesta terça-feira e agravou a situação na cidade de mesmo nome, que é a terceira maior da Austrália. Milhares de cidadãos tentam sair dos bairros mais baixos para escapar da enchente. De acordo com a rede britânica BBC, as inundações já deixaram oito mortos e mais de 70 desaparecidos na Austrália.
Moradores de parte do centro de Brisbane e de alguns distritos já foram desalojados. Outros caminhavam sozinhos para zonas mais altas, informaram os serviços de emergência.
A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, afirmou em mensagem transmitida pela televisão que “a nação tem que se preparar para o fato de que o número de mortos pelas enchentes aumentará”.
Enquanto isso, prossegue a busca, iniciada na noite de segunda-feira, pelas mais de 72 pessoas desaparecidas nos temporais que atingem o estado de Queensland. Entre elas, há famílias inteiras. A Cruz Vermelha e as equipes de resgate não conseguiram chegar a algumas das áreas mais devastadas nos arredores da cidade de Toowoomba.
Clima – Os meteorologistas acreditam que as fortes chuvas continuarão nas próximas horas, e um estudo está sendo feito sobre o impacto das inundações quando a água chegar ao reservatório de Wivenhoe. Assim que atingir o seu limite, a represa não poderá mais conter a água do rio Brisbane.
As autoridades da cidade não querem que se repita a tragédia de 1974, quando 14 pessoas morreram, 300 ficaram feridas e 6.700 casas ficaram alagadas.
Prejuízos – O governo australiano desembolsou até o momento quatro milhões de dólares australianos para ajudar os 200 mil desabrigados e aprovou um fundo especial de quase 77 milhões de dólares australianos para as administrações municipais.
Os setores agrícola, mineiro e turístico são os que mais sofrem com os danos provocados pela catástrofe natural, que, segundo os cálculos das autoridades, superarão os 5 bilhões de dólares australianos.
(com Agência EFE)