Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Embaixatriz paquistanesa nos EUA é acusada de blasfêmia

A embaixatriz paquistanesa nos Estados Unidos, Sherry Rehman, foi acusada de blasfêmia em seu país por sugerir mudanças na lei em um programa de TV

Por Da Redação
21 fev 2013, 12h31

A Polícia do Paquistão acusou nesta quinta-feira a embaixatriz do país nos Estados Unidos, Sherry Rehman, de blasfêmia, um crime que pode ser punido com a morte. Rehman será investigada por conta de declarações dadas durante um programa de televisão, em 2010, em que pedia a revisão justamente da lei pela qual pode ser condenada.

A denúncia contra Rehman foi apresentada pelo empresário Muhammad Faheem Gill, que considerou ofensiva as considerações da embaixatriz a respeito da lei de blasfêmia paquistanesa. “Eu tenho tentado registrar esse caso nos últimos três anos, desde que vi o programa na televisão”, afirmou Gill à Reuters. “Eu fui às mais altas cortes. Estou feliz que a ação finalmente será apurada agora.”

Gill levou sua denúncia à Suprema Corte paquistanesa após a polícia se recusar a registrá-la. A corte agora ordenou que a polícia da cidade de Multan investigue o caso.

Rehman já havia recebido ameaças de morte depois de pedir reformas na lei, de acordo com documentos judiciais. Dois políticos que também sugeriram alterações na lei foram assassinados.

Leia também:

Leis contra a blasfêmia se tornam instrumento político em países islâmicos

Punição – De acordo com as leis de blasfêmia paquistanesas, qualquer pessoa suspeita de ter proferido palavras pejorativas ao profeta Maomé pode ser condenada à morte. Alguns acusados são linchados pela própria população antes de serem julgados.

Acusações de blasfêmia são crescentes no país, de acordo com um levantamento divulgado pelo Centro de Estudos de Segurança. Pelo menos 52 pessoas acusadas de blasfêmia morreram desde 1990.

Quem responde por essa acusação encontra dificuldades em se defender, pois a blasfêmia não é especificamente estabelecida e os júris muitas vezes se recusam a ouvir evidências, com medo de que a reprodução de uma suposta blasfêmia possa ser também uma ofensa.

Continua após a publicidade

Saiba mais:

Anistia Internacional diz que o Paquistão deve proteger menina cristã detida por blasfêmia

Entre os casos julgados recentemente estão o de um professor que cometeu um equívoco ao dar uma lição de casa a seus alunos, um homem que jogou fora um cartão de visita de outro chamado Maomé e uma garota cristã paquistanesa, Rimsha Masih, acusada de queimar textos do Corão.

A jovem foi inocentada e, junto de sua família, vive escondida atualmente.

Continua após a publicidade

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.