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Embaixadora dos EUA na ONU: palestinos não almejam a paz

Trump ameaça cortar verbas a palestinos caso não voltem à mesa de negociação; relações pioraram após anúncio de mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém

Por Da redação
25 jan 2018, 23h33

Em mais uma reverberação da decisão do presidente americano, Donald Trump, em reconhecer Jerusalém como capital de Israel, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse nesta quinta-feira que seu país não ficaria “correndo atrás de uma liderança palestina que não demonstra ter vontade real de alcançar a paz”.

A embaixadora fez a advertência durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio, criticando a fala de 14 de janeiro de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, durante um encontro do Conselho Central Palestino, Ramallah.

Abbas afirmou ainda nos últimos dias que os palestinos não se submeteriam “às chantagens americanas” e que “se Jerusalém não é parte das conversas de paz, então os americanos também não o são”.

“Uma fala que se baseia em teorias de conspiração desacreditadas e absurdas não é a fala de alguém com a coragem e vontade de quem almeja a paz”, afirmou Nikki Haley.

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Corte de verbas

Durante o dia, Donald Trump já havia dito que os palestinos devem retornar às negociações de paz com Israel se quiserem continuar a receber ajuda financeira de Washington. Os comentários do líder americano foram feitos a repórteres durante encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Trump parecia em parte estar reagindo à recusa palestina em se encontrar com o vice-presidente americano, Mike Pence, durante a recente visita do político a Israel. Em Davos, Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, Trump disse que esperava um acordo de paz entre israelenses e palestinos, mas afirmou que os palestinos haviam “desrespeitado” os EUA ao se recusarem a se encontrar Pence.

“Nós damos centenas de milhões de dólares a eles”, queixou-se Trump, dizendo que deseja conversar sobre isso. “Esse dinheiro está sobre a mesa e não vai para eles, a menos que eles se sentem e negociem a paz.”

Não ficou claro sobre quais fundos específicos o presidente ameaçou reter. De acordo com os números do Departamento de Estado, os americanos planejam uma ajuda de US$ 251 milhões aos palestinos neste ano fiscal. O país, entretanto, informou à ONU na última semana, que reteria US$ 65 milhões da, UNRWA, agência das Nações Unidas destinada a ajudar refugiados palestinos: o valor representa mais da metade dos 125 milhões de dólares que os EUA pagariam à agência neste início de ano.

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