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Embaixadora americana faz contato com ElBaradei

Washington tenta nos últimos dias livrar-se das críticas pela posição dúbia em relação às manifestações no Egito

Por Da Redação
1 fev 2011, 16h04

A embaixadora americana para o Egito, Margaret Scobey, conversou com o líder democrata egípcio Mohamed ElBaradei, informou o Departamento de Estado dos Estados Unidos nesta terça-feira em seu primeiro contato recente com o político de oposição.

Em uma mensagem em seu twitter, o porta-voz do Departamento de Estado P.J. Crowley afirmou: “Como parte de nossa divulgação pública para transmitir apoio a um transição tranquila no Egito, a embaixadora Scobey conversou hoje com Mohamed ElBaradei”. O contato, feito por telefone, também envolveu diplomatas britânicos.

ElBaradei, um ex-chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), retornou ao Egito na última semana e se ofereceu para agir como um líder transitório para preparar o país para eleições democráticas ao mesmo tempo em que aumentam os protestos contra o presidente Hosni Mubarak.

O opositor de Mubarak, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), participou dos recentes protestos, mas analistas dizem eu ele limitou sua popularidade no país devido aos longos períodos que passou fora do Egito.

Na última segunda-feira, Crowley sugeriu que os Estados Unidos não haviam tido nenhum contato com ElBaradei. “Eu acredito que não tivemos nenhum contato com o senhor ElBaradei nos últimos dias”, disse ela em seu comunicado diário.

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Washington tenta nos últimos dias livrar-se das críticas pela posição dúbia em relação às manifestações no Egito – os Estados Unidos defendem uma “transição ordenada para a democracia”, sem pedir a saída formal de Mubarak.

Consultorias de risco político, no entanto, afirmam que a estratégia americana é observar como evoluem os acontecimentos com o objetivo de que, no médio prazo, haja uma democratização sem o risco de organizações hostis aos Estados Unidos, como a Irmandade Muçulmana, assumirem um vácuo de poder. Para os americanos, o melhor cenário seria uma transição democrática coordenada pelas Forças Armadas, mas sem Mubarak.

Manifestações – Mais de um milhão de pessoas estão reunidas na Praça Tahrir, no Cairo, nesta terça-feira, atendendo aos chamados da oposição para pedir a queda de Mubarak, no poder desde 1981. De acordo com líderes dos manifestantes, o objetivo é demonstrar força e influência política tanto internamente quanto para a comunidade internacional. “Mubarak renunciará hoje mesmo ou, no mais tardar, na sexta-feira”, apostou ElBaradei. Na manifestação, muitos rezam com os joelhos no asfalto, cantam músicas em que pedem a queda do presidente e seguram cartazes, confiantes.

(Com Agência Estado e Reuters)

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