Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em votação histórica, Irlanda aprova liberação do aborto

Com apoio de 66% dos eleitores, referendo derrubou a rígida legislação anti-aborto que vigorava no país católico há 35 anos

Por Estadão Conteúdo 26 Maio 2018, 17h30

A República da Irlanda anunciou neste sábado, 26, que mais de 1,4 milhão de pessoas (66% dos eleitores) votou pela legalização do aborto na consulta popular realizada no país na sexta-feira, 25. Cerca de 724 mil votaram pelo ‘não’. O resultado é uma vitória histórica para os direitos das mulheres em um país tradicionalmente católico.

O texto atual está em vigor desde 1983 e não permite interrupção da gravidez nem em casos de estupro. Com o resultado do referendo, o governo deve reformular a lei para permitir o aborto nos 3 primeiros meses da gestação.

O primeiro-ministro Leo Varadkar chamou o resultado de “revolução silenciosa” e disse que a aprovação do referendo é histórica para a Irlanda e um grande ato de democracia.

“A dor dos maus-tratos causados às mulheres irlandesas por décadas não pode ser desfeita. No entanto, hoje, garantimos que elas não precisem mais passar por isso”, disse Varadkar.

Continua após a publicidade

A população foi questionada sobre a manutenção ou extinção da emenda constitucional aprovada em referendo de 35 anos atrás, que proibiu a interrupção da gravidez em qualquer hipótese. Em 2014, parte da proibição foi retirada para permitir o aborto somente em casos de risco à vida da gestante.

Ativistas que lutam por mais de três décadas para remover a proibição de aborto da Oitava Emenda da Constituição da Irlanda comemoraram o resultado.

“Este é um dia monumental para as mulheres na Irlanda”, disse Orla O’Connor, codiretora do grupo Together for Yes. “Isto é sobre as mulheres tomando seu lugar de direito na sociedade irlandesa, finalmente.”

Continua após a publicidade

O referendo deve acabar com a necessidade de milhares de mulheres irlandesas viajarem para o exterior – principalmente para a vizinha Inglaterra – para fazerem abortos.

A ministra da Infância e Juventude, Katherine Zappone, disse estar confiante de que a nova legislação poderá ser implementada antes do final do ano.

“Estou muito emocionada”, disse ela. “Sou especialmente grata às irlandesas que se apresentaram para fornecer seu testemunho pessoal.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.