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Em votação apertada, Senado dos EUA confirma Kavanaugh na Suprema Corte

Indicado por Donald Trump, juiz acusado de tentativa de estupro em 1982 reforçará o perfil conservador do mais alto tribunal americano

Por Da Redação
6 out 2018, 17h30

Em sessão especial neste sábado, o plenário do Senado dos Estados Unidos aprovou a nomeação do juiz Brett Kavanaugh para integrar a Suprema Corte do país. A votação foi bastante apertada: 50 a 48 em favor de Kavanaugh, que é acusado de tentativa de estupro em 1982, quando era adolescente. Ele reforçará o perfil conservador do mais alto tribunal americano e chegará disposto a rever decisões anteriores, como as relacionadas ao aborto. 

A aprovação deste juiz da Corte de Apelações de Washington (DC) revelou-se uma vitória inquestionável do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que manteve sua indicação mesmo depois do comovente depoimento da psicóloga Christine Blasey Ford no Comitê de Judiciário do Senado. Em audiência na semana passada, Ford afirmara ter “100% de certeza” de que seu agressor, em 1982, era Kavanaugh. Duas outras mulheres também o acusaram.

Esta vitória de Trump vem justamente a um mês das eleições legislativas de 7 de novembro como um alento para a bancada republicana manter sua maioria nas duas casas do Congresso.

 Por conta também das eleições, a disputa entre democratas e republicanos no Comitê e no plenário do Senado em torno da nomeação do juiz foi uma das mais acirradas dos últimos anos. A bancada democrata foi a responsável por trazer ao Senado a suspeita de que Kavanaugh havia tentado estuprar uma adolescente no passado e o questionamento de suas atitudes quando jovem, bem como de insistir pelo depoimento de Ford.

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A bancada republicana e o próprio Trump decidiram esgotar todas as discussões e procedimentos antes de chegar à aprovação final de Kavanaugh. Um dos passos adotados foi o consentimento para uma rápida investigação do passado do juiz pelo FBI – em apenas uma semana. O resultado foi considerado insuficiente pelos senadores democratas. Mas a maioria estreita republicana prevaleceu.

 Do lado de fora do Senado, hoje, ativistas contrários à aprovação de Kavanaugh para a Suprema Corte protestavam. “A manifestação não vai intimidar o Senado. Fizemos algo certo para um homem bom e aprovamos a indicação para ao cargo vitalício na Suprema Corte”, afirmou o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.

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 O voto de vitória de Trump nessa votação foi dado pela senadora republicana Susan Collins, que dias antes se mostrava disposta a vetar a nomeação de Kavanaugh. Em votação prévia, ontem (5), ela já se mostrava decidida a seguir a orientação da bancada. Na ocasião, ela disse não ter dúvidas de que Kavanaugh havia tentado estuprar Ford.

 Dois outros republicanos indecisos igualmente decidiram aprovar a indicacão do juiz – os senadores Jeff Flake e Joe Manchin. A senadora Lisa Murkowski era a única republicana disposta a se opor à nomeacão de Kavanaugh. “Eu acredito que o juiz Kavanaugh é um homem bom. Mas, na minha consciência, porque é assim que eu voto.. eu não pude concluir se ele é a pessoa certa para a corte neste momento”, afirmara Murkowsky ontem.

 

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