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Trump defende a polícia em cidade onde homem negro foi baleado

Visita acontece em meio a manifestações depois de morte de homem negro por policial branco

Por Da Redação
Atualizado em 2 set 2020, 11h24 - Publicado em 1 set 2020, 20h27

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 1, que as manifestações contra a polícia em Wisconsin são “terrorismo doméstico”, durante sua visita à cidade de Kenosha. O local é o foco mais recente de protestos antirracistas e confrontos entre polícia, grupos armados e manifestantes.

“Estes não são atos de protesto pacífico, são terrorismo doméstico”, disse ele, referindo-se às várias noites de tumulto em resposta a um incidente ocorrido no dia 23 de agosto, quando um policial branco atirou à queima-roupa contra Jacob Blake, um homem negro de 29 anos, na frente de seus três filhos pequenos, deixando-o paralisado da cintura para baixo.

A visita a um estado crucial na campanha de reeleição de Trump, dois meses antes das eleições presidenciais, ocorre horas depois que a polícia de Los Angeles matou um outro homem negro, aumentando o temor de mais protestos violentos.

O presidente americano encontra-se em desvantagem em relação a seu adversário, o democrata Joe Biden, nas pesquisas eleitorais – principalmente devido à sua má gestão da pandemia. Na tentativa de diminuir a margem, o republicano apresenta-se como o candidato da “lei e da ordem”, dizendo que, caso seja reeleito, vai conter a onda de levantes contra o racismo e a violência policial.

Trump se reunirá com autoridades policiais e visitará locais atingidos pela violência que eclodiu após a morte de Blake, apesar do apelo do governador de Wisconsin, o democrata Tony Evers, para que ele não visitasse o estado, temendo um aumento das tensões. O presidente afirmou que não planeja encontrar-se com a família de Blake durante sua visita.

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A cidade, no norte do país, já era símbolo de tensões raciais e ideológicas nos Estados Unidos antes da chegada do republicano à Casa Branca, mas nas últimas semanas, tornou-se cenário de protestos do movimento antirracista Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), e da chegada de grupos de brancos armados. Um de seus membros, Kyle Rittenhouse, de 17 anos, é suspeito de ter matado duas pessoas a tiros em um protesto e deixado uma terceira ferida.

Democratas e defensores de reformas policiais afirmam que o ato de Rittenhouse revela o aumento do número de milícias de direita, que ostentam armas e se apresentam como agentes da lei. Trump disse apenas que essa era uma “situação interessante” e que o adolescente reagiu porque foi atacado.

Biden, em resposta, acusou Trump de “fraco” por não pedir a seus seguidores “que parem de atuar como uma milícia armada”, mas o presidente se defende dizendo que cidades democratas vivem sob uma “anarquia” e que seu adversário não denuncia a violência de manifestantes de esquerda que se opõem ao racismo.

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Mas o democrata contra-atacou na segunda-feira com um discurso no qual descreveu o rival republicano como “uma presença tóxica”. “Os incêndios queimam, e temos um presidente que atiça as chamas, em vez de lutar contra elas”, disse.

Biden foi enfático contra os manifestantes violentos em um discurso na segunda-feira 31: “Saquear não é protestar. Atear fogo não é protestar. Nada disso tem a ver com protestar. É anarquia, ponto final. E os que fazem isso devem ser processados”.

(Com AFP)

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