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Em vídeo de bastidores, Macron e Piñera são flagrados criticando Bolsonaro

'Queria ser correto, construtivo com o cara e respeitar sua soberania. Mas eu não poderia aceitar isso', disse Macron após comentários sobre primeira-dama

Por Da Redação
Atualizado em 9 set 2019, 19h58 - Publicado em 9 set 2019, 14h18

Um vídeo dos bastidores da última reunião do G7 divulgado no domingo 8 por uma emissora francesa mostra o presidente da França, Emmanuel Macron, criticando o presidente Jair Bolsonaro em uma conversa com o presidente do Chile, Sebastián Piñera.

O diálogo aconteceu no segundo dia da reunião de cúpula, logo depois de uma entrevista coletiva de Macron e Piñera, na qual o presidente francês criticou um comentário ofensivo de Bolsonaro sobre sua mulher, Brigitte.

Na conversa, Piñera questiona Macron sobre o ocorrido. “Foi incrível”, diz o chileno. O francês responde: “Claro, eu tinha de reagir. Você entende?”

“Sim, eu concordo”, diz Piñera.

“Eu queria ser pacífico. Queria ser correto, construtivo com o cara e respeitar sua soberania. Tudo bem. Mas eu não poderia aceitar isso”, afirma Macron.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que está ao lado de Piñera e Macron, reage: “Não!”.

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Macron então continua com suas críticas: “Você sabe o que ele fez quando meu ministro de Relações Exteriores foi lá? Ele o deveria receber e cancelou no último minuto para ir cortar seu cabelo. E filmou a si mesmo. Me desculpa, mas isso não é a atitude de um presidente”, disse.

As imagens são parte de um programa de cerca de 25 minutos produzido pela emissora francesa CNews, que filmou os bastidores da cúpula do G7.

No dia 30 de julho deste ano, o ministro das relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drien, iria se encontrar com Bolsonaro e o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, mas o presidente cancelou o encontro alegando razões de “agenda”. Contudo, no horário em que deveria se encontrar com o francês, Bolsonaro fez uma live no Facebook cortando o cabelo.

O mais recente conflito entre os mandatários do Brasil e da França teve como combustível as queimadas na Floresta Amazônica. O embate começou com uma publicação de Macron no dia 22 de agosto, em que ele criticava os incêndios. No dia seguinte, o francês falou que Bolsonaro “mentiu” para ele sobre o comprometimento brasileiro com a Amazônia e declarou sua oposição ao acordo de livre-comércio entre a UE e o Mercosul.

Bolsonaro retrucou Macron, dizendo que lamentava “a posição de um chefe de Estado, como o da França, se dirigir ao presidente brasileiro como mentiroso”. No dia seguinte, endossou um comentário que ofendia a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, em sua conta do Facebook.

Macron reagiu mais uma vez, dizendo que o comentário foi “triste” e “desrespeitoso” e afirmou esperar que o Brasil tenha em breve “um presidente que se comporte à altura” do seu cargo.

As ofensas contra a primeira-dama não acabaram com Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que Brigitte “é feia mesmo” em um evento em Fortaleza nesta semana. Pouco depois, no entanto, o ministro pediu desculpas pelo que classificou de “brincadeira”.

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