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Em represália, EUA anunciam retirada de soldados da Alemanha

Decisão acontece semanas após Trump acusar Berlim de tirar vantagens sobre os EUA em relações comerciais

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 10h50 - Publicado em 30 jul 2020, 09h58

Semanas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar sua intenção de reduzir as tropas do país na Alemanha, o secretário de Defesa americano, Mark Esper, divulgou na quarta-feira 29 planos de retirada de 11.900 militares. A ação acontece em represália ao que Trump considera como gastos insufiientes do governo alemão na área da Defesa. 

“O plano atual do Comando da Europa deslocará aproximadamente 11.900 militares da Alemanha, de forma que será fortalecida a Otan e se assegurará a dissuasão da Rússia“, disse Esper, em entrevista à imprensa concedida no Pentágono.

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Ao todo, os EUA contam com efetivo de cerca de 34.500 militares no território Alemanha. Destes, de acordo com Esper, 5.600 serão transferidos para outros países que integram a aliança militar, principalmente Bélgica e Itália. O restante será enviado de volta aos EUA, onde muitos dos repatriados farão partes de grupos rotativos que retornarão para a Europa no futuro.

Trump já havia anunciado no mês passado a intenção de cortar cerca de um terço do efetivo total, culpando a Alemanha por não cumprir a meta de gastos da Otan e acusando Berlim de tirar vantagens sobre os EUA em relações comerciais.

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“Não queremos mais ser os otários”, disse Trump a repórteres na quarta-feira 29 na Casa Branca sobre a decisão. “Estamos reduzindo as forças porque eles não estão pagando as contas; é muito simples”. 

Esper, no entanto, adotou um tom mais moderado e afirmou que o plano militar irá impedir que a movimentação de tropas prejudique a Otan e seus esforços para deter intervenções russas, após a anexação da Crimeia por Moscou em 2014. Em falas possivelmente miradas a Moscou, o secretário afirmou que tropas americanas irão se posicionar visando a região do Mar Negro e podem ser temporariamente enviadas aos países bálticos. 

A retirada de tropas do país europeu representa um golpe a um dos maiores aliados militares e parceiros comerciais dos EUA. A Itália e a Bélgica, os dois maiores beneficiários da decisão, são membros com baixos gastos dentro da aliança, segundo dados da Otan. 

O presidente do comitê de relações exteriores do Parlamento alemão, Norbert Roettgen, disse que a retirada de militares “irá enfraquecer a aliança”. Já o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que aliados haviam sido informados pelos Estados Unidos. Alguns líderes, como o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, já expressaram desejo de receber mais soldados americanos. 

Desde a Segunda Guerra Mundial, o Exército dos EUA considera a Alemanha um dos pontos mais estratégicos no exterior e tem usado o país como um hub logístico para movimentação de soldados, não só na Europa, mas também para África e Oriente Médio. Depois da Guerra do Muro de Berlim, em 1989, o número de tropas americanas no país tem sido constantemente reduzido em relação aos 200.000 de outrora.

(Com Reuters e EFE)

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