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Em reação à espionagem americana, Alemanha cancela pacto assinado na Guerra Fria

Anulação de acordo tem sentido mais simbólico do que prático. Decisão é mais um capítulo em caso que foi politizado com a aproximação das eleições no país

Por Da Redação
2 ago 2013, 22h11

O governo alemão cancelou um pacto de vigilância do período da Guerra Fria com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. O cancelamento foi uma resposta às revelações feitas por Edward Snowden, ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), sobre programas secretos de vigilância mantidos pela inteligência americana.

O acordo data de 1968-69 e sua anulação tem sentido mais simbólico do que prático. O contrato dava aos países ocidentais que tinham tropas posicionadas na Alemanha Ocidental – Estados Unidos, Grã-Bretanha e França – o direito de solicitar operações de vigilância para proteger suas forças militares, informou a rede britânica BBC. “O cancelamento de contratos administrativos é uma consequência necessária e apropriada do recente debate sobre a proteção de dados pessoais”, afirmou o ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, em comunicado.

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Uma fonte não identificada do governo alemão afirmou à agência de notícias Associated Press que o acordo não é utilizado desde o fim da Guerra Fria e admitiu que a decisão não teria impacto na atual cooperação de inteligência entre os países – a Alemanha também conversa com o governo da França para cancelar sua parte no acordo. A jornalistas, um porta-voz da chancelaria britânica disse que o pacto está sem uso desde 1990.

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Eleições – No final de junho, a revista alemã Der Spiegel publicou uma reportagem a partir de informações fornecidas por Snowden afirmando que os EUA monitoram informaçoes na Alemanha, um dos principais alvos da inteligência americana na Europa. Em um encontro com membros de seu partido, a União Democrática Cristã, a chanceler Angela Merkel afirmou que “grampos não são coisa que amigos fazem”. “A Guerra Fria acabou”, ressaltou, criticando as operações de vigilância do governo Obama.

No dia seguinte, a indignação de Merkel foi enfraquecida diante da afirmação de Snowden de que a NSA trabalha em cooperação com agências alemãs. Desde então, a chanceler passou a ser pressionada a dar explicações sobre o caso – que se transformou em pauta eleitoral dos partidos de oposição, já pensando no pleito marcado para 22 de setembro, no qual Merkel tentará conquistar um terceiro mandato. A explicação do governo é que a cooperação alemã com a inteligência americana segue padrões legais rigorosos.

(Com agência Reuters)

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