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Em primeiro comício juntos, Kamala e Walz falam em lutar ‘pelo futuro’

Candidata democrata enfatizou passado como professor, treinador e militar de seu companheiro de chapa

Por Da Redação 6 ago 2024, 20h58

A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata na corrida à Casa Branca, Kamala Harris, fez seu primeiro comício com seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz, nesta terça-feira, 6, na Filadélfia. Kamala anunciou que é oficialmente a candidata democrata e afirmou que sua campanha não é apenas uma luta contra Donald Trump, mas uma luta “pelo futuro”. O Partido Democrata também certificou Walz como vice, tornando a chapa oficial.

Ao apresentar Walz como seu candidato a vice, Kamala enfatizou os papéis de professor e treinador de futebol — ele deu aula de ciências sociais e treinou alunos do ensino médio em uma escola em Nebraska. A democrata definiu o companheiro de chapa como “o tipo de professor e mentor que toda criança nos Estados Unidos sonha em ter” e “o tipo de pessoa que inspira as pessoas a sonhar alto”.

Kamala também lembrou que Walz é veterano do Exército — ele serviu por duas décadas às Forças Armadas — e destacou que foi o homem alistado de mais alta patente a servir no Congresso dos EUA e o principal democrata no comitê de veteranos.

Walz agradeceu a confiança e afirmou que Trump “instaura o caos e a segregação” nos Estados Unidos e alfinetou o republicano pelos processos criminais aos quais ele responde, dizendo que o crime cresceu em seu mandato, “isso sem contar os crimes que ele cometeu”. O governador de Minnesota pediu aos eleitores que não acreditem em Trump “quando ele se faz de bobo” e que o projeto de governo do republicano vai restringir as liberdades dos americanos.

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Quem é Tim Walz

Walz é um veterano militar e serviu à Guarda Nacional do Exército por 24 anos. Além disso, foi professor de ciências sociais e treinador para alunos do ensino médio em uma escola em Nebraska, onde Tim conheceu sua esposa, Gwen Whipple, que lecionava na mesma instituição. Em 2006, venceu sua primeira eleição para a Câmara dos Deputados dos EUA. Ele permaneceu no cargo por 12 anos.

Em 2018, foi eleito governador de Minnesota, sendo reeleito quatro anos mais tarde com facilidade. No estado, que tem histórico conservador, ele foi elogiado por conseguir aprovar medidas progressistas, como programas educacionais que cobririam mensalidades em universidades para estudantes de baixa renda, oferta de refeições gratuitas em escolas públicas e a legalização da maconha recreativa para adultos.

Criticado por republicanos, o político de 60 anos ironizou em entrevista à emissora americana CNN no mês passado: “Que monstro! As crianças estão comendo e tendo barrigas cheias para que possam ir estudar, e as mulheres estão tomando suas próprias decisões de saúde, e somos um dos cinco principais estados empresariais, e também estamos classificados entre os três primeiros em felicidade”.

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Políticas

Entre as bandeiras de Walz está a defesa do direito ao aborto e o compromisso com o combate à mudança climática, tendo apoiado uma lei de transição energética para tornar Minnesota livre de carbono até 2040. Em relação à política externa, o governador apoiou Israel na guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, iniciada em 7 de outubro, e hasteou bandeiras a meio mastro em solidariedade a Tel Aviv após o ataque-surpresa de 7 de outubro que desencadeou o conflito.

Anteriormente, o democrata já era conhecido por visões pró-Israel. Em 2010, disse que o país era “o aliado mais verdadeiro e próximo (dos EUA) na região, com um compromisso com valores de liberdades pessoais, cercado por uma vizinhança bastante difícil”.

Em meio às críticas enfrentadas pelo presidente americano, Joe Biden, pela aliança com o governo israelense e pelo elevado número de mortes palestinas, Walz abrandou o discurso e disse em março que as pessoas estavam “frustradas” e que entendia como “um bom presságio” o engajamento da população americana “para pedir mudanças”.

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