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Em onda de ataques de extrema direita, Alemanha aumenta segurança

Ministro do Interior diz que extremismo é 'a maior ameaça à segurança'; políticos culpam partido de direita AfD pelo recente atentado contra imigrantes

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h28 - Publicado em 21 fev 2020, 15h22

A Alemanha declarou nesta sexta-feira, 21, que vai aumentar a segurança em mesquitas, estações de trem, aeroportos e outros locais de risco devido a uma “elevada ameaça” de ataques de extrema direita.

O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, anunciou a medida dias após um ataque a imigrantes na cidade de Hanau, perto de Frankfurt. Na noite de quarta-feira 19, um atirador abriu fogo em direção a um bar destinado ao uso de narguilé, matando nove pessoas.

“A ameaça à segurança do extremismo de direita, do anti-semitismo e do racismo é muito alta”, disse Seehofer, e depois enfatizou que é “a maior ameaça à segurança que a Alemanha enfrenta”. As medidas de segurança, segundo a emissora de televisão britânica BBC, tem como objetivo evitar ataques inspirados no de Hanau.

Segundo os promotores que investigam o caso, o suspeito, agora morto, era “profundamente racista”. Enquanto algumas das vítimas eram alemãs, a maioria era turca, e de etnia curda.

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Em conversa ao telefone com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente turco, Recep Erdogan, condenou o ataque terrorista, que ele disse ter sido causado por “xenofobia, discriminação e hostilidade ao Islã”.

A ameaça vem de dentro

Também nesta sexta-feira, políticos alemães alegaram que o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ajudou a alimentar a retórica extremista por trás do ataque em Hanau.

Lars Klingbeil, secretário-geral do partido Social Democrata (SPD), parte da coalizão com os democratas-cristãos de Merkel, pediu que o AfD fosse colocado sob vigilância, segundo reportou o jornal britânico The Guardian.

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Em comunicado divulgado no Facebook, o partido negou qualquer responsabilidade pelos ataques de Hanau, chamando as acusações de “instrumentalização esfarrapada e nojenta de um crime monstruoso”.

O partido de extrema direita baseava originalmente sua plataforma em políticas anti-euro, mas ganhou destaque por sua retórica anti-imigração durante a crise de refugiados em 2015, quando 1 milhão de imigrantes se asilaram na Alemanha. O AfD ganhou 12,6% dos votos na última eleição e possui representantes em todos os 16 estados da Alemanha.

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Em seu histórico, estão pedidos de deportação forçada de estrangeiros e constantes alegações de que refugiados tornam a vida na Alemanha menos segura. Além disso, um de seus membros mais proeminentes, Björn Höcke, chamou o Memorial do Holocausto, em Berlim, de “monumento da vergonha”, enquanto um de seus líderes, Alexander Gauland, chamou a era nazista de “mera merda de pássaro” no passado orgulhoso da Alemanha.

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