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Em missa, decano dos cardeais pede unidade na Igreja

Angelo Sodano pediu aos cardeais que elegerão novo papa que se comportem com dignidade e paciência. Ele afirmou que é função dos religiosos conservar a unidade e o espírito da paz e pediu obediência ao próximo sumo-pontífice

Por Da Redação
12 mar 2013, 08h27

“Todos nós, pois, somos chamados a cooperar com o sucessor de Pedro” Cardeal Angelo Sodano

Os ritos para escolha do sucessor de Bento XVI tiveram início na manhã desta terça-feira no Vaticano, com uma missa na Basílica de São Pedro. A celebração Pro Eligendo Pontifice antecede o conclave para escolha do 266º papa da história, que começa oficialmente nesta tarde. Durante a missa, o decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano, responsável pela homilia, pediu aos cardeais que elegerão o novo papa que se comportem de “maneira digna”, com “humildade, mansidão e paciência”. Ele ainda pediu aos membros do conclave que colaborem para manter a unidade da Igreja.

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Durante a celebração, foi lida a carta de São Paulo aos Efésios. Em sua homilia, Sodano lembrou aos presentes que o texto “começa com uma forte chamada a unidade eclesial”. “Peço que se comportem com mansidão e paciência, suportando-se reciprocamente com amor, tentando conservar a unidade do espírito através do vínculo da paz”, disse aos cardeais.

Sodano, que não participará do conclave por ter 85 anos, acrescentou que Paulo reconhece que na unidade da Igreja existe uma diversidade de dons, mas que essa diversidade “está em função da edificação do único corpo de Cristo”. “São Paulo nos ensina que todos nós também temos que colaborar para edificar a unidade da Igreja, já que para realizá-la é necessária ‘a colaboração de cada articulação’. Todos nós, pois, somos chamados a cooperar com o sucessor de Pedro, fundamento visível de tal unidade eclesial”, refletiu.

O decano dos cardeais ainda expressou gratidão ao agora papa emérito Bento XVI, que renunciou ao trono de Pedro em 28 de fevereiro. “Queremos agradecer ao Pai que está nos céus a amorosa assistência que sempre reserva a sua santa Igreja, e em particular pelo luminoso pontificado que nos concedeu com a vida e as obras do 265º sucessor de Pedro, o amado e venerado pontífice Bento XVI, a quem neste momento renovamos toda nossa gratidão”, afirmou.

Sobre a missão de um papa, Sodano afirmou que “atitude fundamental de cada bom pastor é dar a vida por suas ovelhas”. Ele ainda pediu a Deus que dê à Igreja um novo papa “com um coração generoso” e disse que, seguindo a linha dos últimos pontífices, o sucessor de Bento XVI deve promover “sem cessar a justiça e a paz”.

Programação – Após a missa, os cardeais que participam do conclave voltam ao hotel, onde ainda podem ter contato com o mundo exterior, já que a eleição não começou. Às 15h45 (11h45 no horário de Brasília), os cardeais deixam o hotel rumo ao Palácio Apostólico do Vaticano, onde se reúnem para rezar na Capela Paulina.

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Às 16h30 (12h30 em Brasília), os cardeais-eleitores caminham em procissão, cantando e rezando, rumo à Capela Sistina. Quinze minutos depois, todos aqueles que não integram a votação devem deixar o local. Nesse momento, o mestre de cerimônias entoa Omnes Extra (todos fora) e as grandes portas da capela são fechadas. Tem início, então, o conclave.

Twitter – Alguns cardeais que entraram no Vaticano nesta terça para o conclave utilizaram o Twitter para se despedir dos fiéis antes do isolamento. “Último tuíte antes do conclave: que nosso Pai ouça e responda com amor e misericórdia a todos as orações e sacrifício para um resultado frutífero. Deus nos abençoe!”, escreveu o sul-africano Wilfried Napier.

Antes de seguir para a residência na qual os 115 cardeais eleitores ficarão, o americano Roger Mahony escreveu: “Último tuíte antes de entrar na Casa Santa Marta e da missa para eleger um papa. Primeira reunião do conclave na terça-feira à tarde. Precisamos de orações”

Pierre Durieux, porta-voz do cardeal francês Philippe Barbarin, escreveu uma mensagem para informar que os três cardeais franceses haviam entrado no Vaticano: “Um grande silêncio”. Já a religiosa Mary Ann Walsh, porta-voz da conferência episcopal dos Estados Unidos, mostrou bom-humor em sua conta no microblog: “Nesta era digital, me preocupa que alguns cardeais possam ter síndrome de abstinência sem o iPad e o Twitter”.

As redes de comunicação estão bloqueadas na Capela Sistina para evitar qualquer tipo de interferência e todos os funcionários de serviço. Assim como os cardeais, eles juraram manter segredo sob pena de excomunhão.

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(Com agências EFE, France-Presse e Reuters)

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