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Em meio às tensões com Venezuela, governo Trump anuncia operação contra narcotráfico

Declaração de secretário de Guerra não cita nominalmente nenhum país, mas movimentação segue escalada de tensões com Venezuela

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 nov 2025, 21h21 - Publicado em 13 nov 2025, 19h46

O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira, 13, a operação militar “LANÇA DO SUL”, com objetivo de “remover narcoterroristas” e “proteger nossa Pátria de drogas que estão matando nosso povo”.

Em publicação nas redes sociais, Hegseth afirmou que a operação será liderada por uma força-tarefa e pelo Comando Militar Sul, responsável pela presença americana no Caribe e América Latina.

“O presidente (Donald) Trump ordenou ação — e o Departamento de Guerra está entregando”, escreveu o secretário.

+ Militares apresentam a Trump planos de ação na Venezuela para próximos dias, diz emissora

A breve publicação não cita nominalmente nenhum país, assim como nenhuma região específica do Hemisfério Sul, mas a movimentação ocorre em meio à escalada de tensões entre EUA e Venezuela, reflexo do envio de tropas americanas ao Caribe e Pacífico. Mais cedo, nesta quinta, a emissora CBS News havia afirmado que militares do alto escalão do Exército haviam apresentado na quarta algumas opções de operações. Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, e outros oficiais entregaram planos atualizados, que incluíam ataques por terra, disseram funcionários da Casa Branca.

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O planejamento militar ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). O maior porta-aviões dos EUA, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.

Tensão no Caribe

O republicano também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro. Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

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Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas, como define o governo americano, no Caribe e Pacífico. Até o momento, foram 21 bombardeios, que resultaram em 80 mortes.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

+ A estratégia da Venezuela em caso de invasão dos EUA, segundo agência

Recado de Maduro

Na terça-feira, 12, Maduro ativou os chamados “Comandos Integrados de Defesa”, uma nova estrutura que reúne “todas as instituições públicas do Estado venezuelano, a instituição militar e todo o poder popular” para fortalecer a capacidade de defesa em caso de confronto militar. A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada “em três níveis de governo: nacional, estadual e municipal”, como informou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.

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“Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem”, disse o líder chavista.

A legislação, baseada na “doutrina militar” de Hugo Chávez e aperfeiçoada por Maduro, define uma estrutura organizacional e operacional para os Comandos, além de estabelecer funções voltadas tanto para a defesa nacional quanto para a manutenção da vida produtiva e dos serviços públicos no país.

A estrutura é subordinada ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Ceofanb). Isso significa que a direção, supervisão e coordenação das suas atividades são responsabilidade do órgão, comandado pelo general Domingo Antonio Hernández Lárez. Os treinamentos dos soldados também serão realizados pelo Ceofanb.

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