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Eleitores do Mississipi decidem se transformam aborto em crime

Por Da Redação
4 nov 2011, 23h46

Washington, 4 nov (EFE).- Os eleitores do Mississipi (EUA) decidirão na próxima terça-feira se autorizam uma emenda de lei que designaria o óvulo fertilizado como ‘pessoa’ e transformaria sua destruição em um assassinato sujeito a penas de prisão.

A emenda, conhecida como MS 26, será submetida a plebiscito no dia 8 de novembro, ao mesmo tempo em que o estado elege novo governador e procurador-geral, e mudará a definição de pessoa para transformá-la em ‘qualquer ser humano desde o momento da fertilização, clonagem ou seu equivalente funcional’.

Se for aprovada, Mississipi não só se transformaria no primeiro estado a criminalizar o aborto, legal nos Estados Unidos desde 1973, mas também começaria a limitar a fertilização in vitro e algumas formas de controle de natalidade.

‘Simplesmente vamos perguntar pelo X da questão, que é: É esta uma pessoa ou não? Deus diz que é, e a ciência confirmou’, disse Les Riley, o principal impulsor da medida, em declarações publicadas pelo jornal ‘Washington Post’.

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Riley é pai de dez crianças e fundador da Personhood Mississipi, a plataforma responsável pela campanha, inspirada em parte pelo movimento ultraconservador Tea Party, e que se opõe inclusive ao aborto em casos extremos, como os de estupro, incesto ou se a vida da mãe estiver em perigo.

Outras iniciativas similares são debatem atualmente em uma dúzia de estados, entre eles Alabama, Arkansas e Geórgia, mas a organização de Riley assegura que em nenhum há tantas possibilidades como no Mississipi, um estado muito religioso que só conta em todo seu território com uma clínica que pratique aborta.

Os dois candidatos a governador, o republicano Phil Bryant e o democrata Johnny DuPree, já disseram que votarão a favor da medida, que também conta com um amplo apoio entre os senadores.

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Por outro lado, o governador em fim de mandato, o republicano Haley Barbour, um declarado opositor ao aborto, considera o texto ‘ambíguo’.

‘Acho que a vida começa na concepção, e não na fertilização. Estou preocupado com algumas ramificações que isto possa ter na fertilização in vitro, nas gravidezes ectópicas’, disse Barbour em uma entrevista à rede ‘NBC’.

Organizações como a Planned Parenthood e a União Americana para as Liberdades Civis (ACLU) empreenderam campanhas contra a iniciativa, à qual também se opõem ativistas que lutam contra a expansão da aids. EFE

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