Eleições podem trazer mais dificuldades para Obama
Com popularidade em queda, o governo pode perder a maioria no Senado e ter dificuldades nas relações com o Congresso no final do mandato de Obama
Com a popularidade em queda, o presidente Barack Obama pode ter mais dores de cabeça em seus dois últimos anos de mandato depois das eleições desta terça-feira, que vão renovar o Congresso americano. As mais recentes pesquisas de opinião apontam grandes chances para os republicanos se tornarem maioria no Senado – bastam seis assentos para passar o número de democratas na Casa. As disputas nos Estados New Hampshire, Carolina do Norte, Kansas, Geórgia, Alaska, Iowa, Colorado, e Louisiana são essenciais para esta definição. Na Câmara dos Deputados, o Partido Republicano deve manter a maioria.
A eleição também está sendo apontada como um referendo sobre o governo Obama, que enfrenta um dos índices de aprovação mais baixo desde que o presidente assumiu o país, em 2009. Milhões de americanos vão às urnas para eleger 36 senadores, 36 governadores e todos os 435 membros da Câmara dos Deputados em uma campanha influenciada pelo impasse partidário em Washington e uma economia que não está crescendo o bastante para ajudar muitos cidadãos de classe média.
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A batalha pelo Senado também pode se estender para além desta terça à noite. Disputas com múltiplos candidatos em Louisiana e Geórgia, onde os vencedores precisam obter mais de 50% dos votos, podem precisar de um segundo turno em 6 de dezembro e 6 de janeiro, respectivamente. Conquistar a maioria no Senado daria aos republicanos, que devem ampliar sua atual maioria na Câmara, o controle completo de ambas as Casas do Congresso, complicando ainda mais o governo de Obama. Saiba o que está em jogo no pleito de hoje: