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Eleições nos EUA: as disputas que decidirão o controle do Congresso

Além de escolher o próximo presidente, os americanos votam em 5 de novembro para decidir os partidos no comando do Senado e da Câmara

Por Da Redação 1 nov 2024, 15h28

Na eleição geral que acontece na próxima terça-feira, 5, nos Estados Unidos, em que os eleitores americanos irão às urnas para escolher Kamala Harris ou Donald Trump como o próximo presidente, o controle do Congresso também está em jogo. As corridas pelo legislativo são acompanhadas com atenção já que o chefe do executivo precisa de apoio para aprovar suas principais políticas. 

Na disputa pelos 435 assentos da Câmara dos Deputados e 34 do Senado, republicanos e democratas buscam uma maioria decisiva, que definirá seu poder em Washington a partir de 2025. O controle do Congresso significa a chave para aprovar legislações e decidir políticas, podendo impulsionar ou bloquear a agenda de qualquer novo presidente.

Hoje, o Congresso está dividido: republicanos possuem vantagem na Câmara, enquanto os democratas controlam o Senado, ambos por margens estreitas. No entanto, pesquisas indicam uma possível inversão após as eleições.

+ Guia das eleições nos EUA: o que você precisa saber sobre a disputa entre Kamala e Trump

Aqui estão os candidatos em algumas das principais disputas.

Montana

No estado de Montana, o senador democrata Jon Tester, 68, enfrenta uma batalha decisiva para manter seu cargo. Tester, que já venceu três eleições no Senado mesmo com um apoio estadual forte a Trump nas últimas eleições presidenciais, se posiciona como uma figura independente disposta a contrariar seu próprio partido – embora tenha sido um voto importante para muitas políticas do presidente Joe Biden, o que pesa contra ele entre os eleitores mais à direita.

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Seu adversário, Tim Sheehy, é um ex-militar da força especial da Marinha conhecida como SEAL e empresário do setor de combate a incêndios florestais. O republicano enfrenta críticas por declarações sobre seu passado, incluindo uma alegação de que teria sido baleado no Afeganistão, quando ele, na verdade, acidentalmente atirou em seu próprio braço durante uma caminhada.

Para os republicanos, vencer essa cadeira seria um passo crucial para retomar o controle do Senado, especialmente com a provável vitória do partido em outro estado-chave, a Virgínia Ocidental.

Nova York

Em Nova York, seis distritos nos subúrbios podem ser decisivos para o controle da Câmara dos Estados Unidos no próximo ano, dos quais  cinco são atualmente ocupados por republicanos eleitos em 2022, em meio a preocupações dos eleitores com crime, inflação e imigração.

Após enfrentar críticas sobre sua organização interna, os líderes democratas estão investindo milhões para fortalecer suas campanhas, contando com uma forte participação dos eleitores. Os candidatos democratas precisaram equilibrar suas propostas para oferecer soluções para o aumento do custo de vida e reconhecer que a imigração gerou um custo de US$ 2,4 bilhões em impostos neste ano.

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Para recuperar a maioria na Câmara, os democratas precisam conquistar apenas quatro assentos. Caso consigam, Hakeem Jeffries fará história ao se tornar o primeiro presidente negro da Câmara, além de ser o primeiro a representar Nova York desde 1869.

Texas

Os democratas do Texas estão de olho em uma nova oportunidade de derrotar o senador republicano Ted Cruz, que está em busca de seu terceiro mandato.

O candidato democrata da vez é Colin Allred, ex-jogador da NFL e advogado de direitos civis, que atualmente representa o estado na Câmara dos EUA. Allred tem atacado Cruz por ter viajado ao México durante uma tempestade histórica no Texas em 2021 e por negar a derrota de Trump na eleição de 2020.

A proibição quase total do aborto no estado está entre os temas centrais da campanha democrata, que contou com uma recente visita de Kamala por lá, acompanhada da cantora Beyoncé, para discutir os direitos reprodutivos.

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Cruz, por sua vez, promete manter o controle do partido republicano no Texas, um estado que não tem um governador democrata há três décadas.

Wisconsin

A senadora de Wisconsin Tammy Baldwin, a primeira mulher abertamente gay eleita no Senado americano, começou sua campanha de reeleição com vantagem, mas agora enfrenta uma competição acirrada.

O republicano Eric Hovde, que investiu US$ 20 milhões do seu próprio bolso na campanha eleitoral, conquista cada vez mais apoio entre os eleitores de Trump ao focar em disputas culturais, defendendo valores conservadores, e atacar Baldwin em anúncios que a ligam à inflação e à imigração.

Ohio

Em Ohio, o senador democrata Sherrod Brown busca a reeleição em um estado que se inclina para a direita. Aos 71 anos, ele é o único democrata que detém um cargo eleito em todo o estado.

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Seu adversário, Bernie Moreno, ex-magnata das vendas de automóveis e imigrante colombiano, está liderando uma das campanhas mais caras da história do Senado. No entanto, comentários linha-dura contra o acesso ao aborto, considerados insensíveis, têm prejudicado sua imagem entre eleitores, especialmente as mulheres suburbanas.

Nebraska

O congressista Don Bacon é um dos poucos republicanos moderados restantes no Capitólio e busca a reeleição após derrotar um oponente nas primárias que o acusava de não apoiar Trump o suficiente. Embora tenha sido endossado pelo ex-presidente, Bacon apoiou Nikki Haley na corrida primária presidencial do Partido Republicano.

Seu adversário, Tony Vargas, é um democrata que concorreu para se tornar o primeiro representante latino do estado, mas perdeu para Bacon em 2022. No entanto, o aumento de eleitores democratas no estado desde a última eleição e o grande financiamento de seu partido favorecem Vargas na disputa deste ano.

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