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El Salvador assume culpa por pai e filha afogados na fronteira EUA-México

Empossado em junho, presidente salvadorenho promete a retomada do crescimento econômico e a diminuição da violência

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h43 - Publicado em 1 jul 2019, 13h54

Em nome de seu país, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, assumiu a responsabilidade pela teve na morte de Óscar e Valéria Martínez Ramírez, pai e filha que se afogaram na semana passada na travessia do Rio Grande, na fronteira entre o México e os  Estados Unidos.

Vencedor das eleições presidenciais em fevereiro de 2019 e empossado em junho, Bukele disse à emissora de televisão BBC News que “as pessoas não fogem de suas casas porque elas querem, elas fogem de suas casas por que elas se sentem obrigadas”.

Segundo o presidente, isso ocorre por que as pessoas não têm oportunidades de emprego nem acesso a condições básicas de vida, como saneamento básico, educação ou saúde. Também porque elas têm medo dos grupos criminosos que massacram a população.

“Até poderíamos culpar outros países. Mas e a nossa culpa? De qual país ele fugiram? Eles fugiram dos Estados Unidos? Não, eles fugiram de El Salvador, fugiram de nosso país. A culpa é nossa”, afirmou.

Durante a corrida eleitoral com seu partido, o Grande Aliança pela Unidade Nacional (Gana), o empresário e ex-prefeito da capital San Salvador apostou no discurso antissistema e incluiu entre as principais propostas de seu governo a retomada do crescimento econômico e a diminuição da violência.

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Desespero

Óscar Martínez Ramírez e sua filha Valeria: busca de vida melhor. (Foto/Aquivo pessoal) (Foto/Arquivo pessoal)

O salvadorenho Óscar Ramírez, de 25 anos, e sua filha Valeria, menos de 2, tentaram atravessar o rio que separa o estado mexicano Chiapas dos Estados Unidos no último dia 24 de maio. Ambos se afogaram. 

Ramírez trabalhava como cozinheiro e decidiu, junto de sua família, a tentar uma nova oportunidade nos EUA. Para atravessar o Rio Grande, colocou Valéria sob sua camiseta e começou a travessia. Sua mulher, Tania Vanessa Ávalos, vinha atrás junto a um amigo da família, e assistiu a cena do afogamento.

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A tragédia gerou indignação em todo o mundo. O alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, disse que os imigrantes mortos arriscaram suas vidas porque não conseguiram a proteção a que tinham direito conforme as leis internacionais.

“As mortes de Óscar e Valeria representam um fracasso em lidar com a violência e o desespero que empurram as pessoas a fazer jornadas perigosas pela perspectiva de uma vida em segurança e dignidade”, disse ele em um comunicado.

Os corpos de Óscar e Valéria chegaram a El Salvador neste domingo, 30, para serem velados por amigos e familiares.

 

 

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