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EI pode aumentar ataques na Europa após derrotas no Oriente Médio

Europol acredita que Estado Islâmico pode começar a utilizar carros-bomba em seus futuros ataques contra países da União Europeia (UE)

Por Da redação
Atualizado em 2 dez 2016, 12h38 - Publicado em 2 dez 2016, 12h33

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) pode intensificar os atentados na Europa em razão das derrotas sofridas no Oriente Médio, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira pela Europol. A polícia europeia afirma ainda que mais jihadistas devem tentar entrar na Europa, e “muitas dezenas” capazes de promover ataques já devem estar no continente.

O relatório diz que o grupo extremista pode começar a utilizar carros-bomba em seus futuros ataques contra países da União Europeia (UE), técnica terrorista usada na Síria e no Iraque, onde muitos massacres são provocados por explosivos em veículos.

“Os ataques de Paris e Bruxelas mostraram que os terroristas que atuam em nome do EI (…) são capazes de planejar ataques relativamente complexos e efetivos” e “outras possibilidades para o futuro incluem o uso de carros-bomba, sequestros e extorsões”, indicaram os especialistas antiterroristas da Europol.

Os analistas se baseiam, entre outras informações, nas suspeitas de que os jihadistas que realizaram os atentados em Paris em novembro de 2015 tinham planos para instalar um carro carregado com explosivos, “provavelmente em algum lugar da França”, mas que tiveram que mudar de agenda por causa da pressão policial.

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O relatório aponta os países-membros da coalizão internacional contra o EI como os principais alvos de seus futuros ataques terroristas, com a França no topo da lista e ameaças críveis também para Bélgica, Alemanha e Reino Unido.

Alvos

A Europol identifica dois tipos de alvos prioritários: os de caráter simbólico, com as forças de segurança no ponto de mira, e os que são cometidos indiscriminadamente contra a população civil com um “poderoso efeito” intimidatório para os cidadãos.

Essa estratégia desloca para um lugar secundário os ataques contra infraestruturas, como redes elétricas, instalações nucleares, centros de transporte, e também os ciberataques, pois estes causam menor repercussão na opinião pública.

O Estado Islâmico também leva em conta em sua estratégia terrorista o impacto econômico de seus ataques, que podem ser notados na queda das “viagens e do turismo”, tanto fora da UE (Tunísia, Egito e Turquia) como dentro (França e Bélgica), além do fato de a ameaça jihadista ter elevado “significativamente” os custos de segurança nos países que são considerados alvos.

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Em relação ao perfil dos terroristas que realizam atentados na União Europeia, o relatório afirma que “não são necessariamente profundamente crentes”, frequentemente se inspiram no EI, mas não recebem ordens diretas da organização e costumam ter relação com outros grupos e atividades criminosas.

Por outro lado, os especialistas da Europol consideram que uma das estratégias que o Estado Islâmico poderia implementar é a tentativa de fazer com que seus ataques “comprometam os refugiados sírios como grupo e obrigue os Estados-membros (da UE) a mudarem suas políticas relativas aos mesmos”, por exemplo, tentando radicalizar e captar membros da diáspora síria na Europa.

Além da ameaça do EI, outros grupos terroristas islamitas, como a Al Qaeda e a Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra), e indivíduos e grupos inspirados neles, também seguirão representando uma ameaça, como aconteceu no atentado em Paris contra a redação da revista Charlie Hebdo, cometido em 2015 em nome do EI, segundo o relatório.

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(Com EFE)

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