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EI planejava atacar outros alvos em Paris em 13 de novembro

Informações são da rede americana CNN, que teve acesso a mais de 90.000 páginas de documentos sobre a investigação dos atentados em Paris

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h00 - Publicado em 5 set 2016, 14h00

O atentado ocorrido em Paris em novembro do ano passado foi planejado para ser ainda maior, reportou nesta segunda-feira a rede americana CNN. Além dos ataques que deixaram 130 mortos na capital francesa, os terroristas pretendiam atingir outros alvos naquela noite, inclusive em outros países.

Os documentos revelam informações sobre as complexas operações do Estado Islâmico (EI) fora de suas áreas de controle, em especial na Europa, e trouxeram à tona nomes de terroristas envolvidos no planejamento dos ataques que não haviam sido divulgados pelas autoridades, como Abid Tabaouni, preso em julho.

Os investigadores descobriram que os planos para o atentado de novembro envolviam outros alvos além da casa de shows Bataclan, os arredores do Stade de France e os cafés e restaurantes atacados na noite de sexta-feira, 13. Os terroristas visavam deixar vítimas também em shopping centers, um supermercado de Paris e outros alvos na Holanda. O grupo havia ainda planejado infiltrar membros na Inglaterra para efetuar ataques no país.

As mais de 90.000 páginas de documentos obtidas pela CNN contêm interrogatórios, dados de celulares, troca de informações entre terroristas por meio de redes sociais (Whatsapp, Telgram, entre outras), além de fotos analisados por investigadores europeus ao longo de vários meses.

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As descobertas mostram características de comunicação entre os jihadistas para driblar as investigações, como a insistência em usar pseudônimos, fornecimento parcial de dinheiro e dados sobre as etapas das operações e uso de aplicativos de criptografia.

Dois extremistas do EI que planejavam participar dos ataques em Paris estão identificados nos documentos. Os investigadores rastrearam o caminho percorrido pelo argelino Abel Haddadi e por seu colega paquistanês Muhammad Usman da Síria até a Áustria, onde foram presos, na tentativa da dupla de chegar à capital francesa.

Com passaportes falsos, Haddadi e Usman fingiram ser refugiados sírios para atravessar a fronteira síria com a Turquia em outubro. Ao longo de dois meses, eles passaram pela Grécia – onde permaneceram detidos por quase um mês – Macedônia, Sérvia, Croácia e Eslovênia até chegar a Salzburgo, na Áustria, no dia 14 de outubro, um dia após os atentados. A dupla foi presa no dia 10 de dezembro.

Segundo fontes ouvidas pela emissora americana, membros do grupo vivendo na Europa ainda aguardam instruções de chefes do grupo na Síria.

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