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Egito terá referendo constitucional em 2 meses, diz Exército

Manifestantes se reuniram com os militares para discutir reformas democráticas

Por Da Redação
14 fev 2011, 07h52

Um grupo de egípcios que milita na internet e liderou as manifestações contra o ex-presidente Hosni Mubarak informou nesta segunda-feira que se reuniu com os comandantes do Exército para discutir reformas democráticas no país. No encontro, os militares afirmaram que o referendo constitucional anunciado previamente acontecerá dentro de dois meses e que uma comissão concluirá o estudo das emendas nos próximos 10 dias.

“Nós nos reunimos com o Exército para compreender seu ponto de vista e apresentar o nosso”, afirmou Wael Ghonim, um jovem analista de computação que se tornou um dos líderes da revolta popular, e o blogueiro Amr Salam, em um comunicado que tem como título Encontro com o Conselho Supremo das Forças Armadas, publicado no site de um dos manifestantes. “Os militares se comprometeram a julgar todos os acusados de corrupção, independentemente de seus cargos atuais ou anteriores, e a encontrar todos os desaparecidos durante a revolta.”

Wael Ghonim, executivo da gigante americana da internet Google, foi detido durante as manifestações e libertado depois de, segundo ele, passar 12 dias com os olhos vendados. Ghonim revelou que estava por trás da página do Facebook Todos somos Khaled Said, à qual se atribui parte da responsabilidade pelas mobilizações a favor da democracia no Egito. No total, o encontro contou com a participação de oito militantes pró-democracia. Já os generais Mahmud Hegazy e Abdel Fattah representaram o Conselho Supremo das Forças Armadas, uma assembelia integrada por 20 militares, em sua maioria desconhecidos antes da revolta popular.

No domingo, as Forças Armadas, que tomaram o poder logo após a queda de Mubarak na última sexta-feira, anunciaram a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição do país, dois pontos-chave nas demandas dos manifestantes pró-democracia. Em um comunicado divulgado no mesmo dia, os militares disseram que iriam governar o país por seis meses, ou até quando eleições presidenciais e parlamentares puderem ser realizadas. Os dirigentes disseram que estavam formando uma comissão para reformular a Constituição e estabelecer as regras de um referendo popular que aprove as emendas.

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Retirada – Também nesta segunda-feira, policiais militares e soldados cercaram algumas dezenas de manifestantes que continuavam na Praça Tahrir, palco dos protestos antigovernamentais nas últimas semanas, e ordenaram que deixassem o local se não quisessem ser presos. A maioria das faixas anti-Mubarak já foi removida da praça, mas fotos de jovens egípcios mortos durante os protestos e chamados de “mártires da revolução” continuam penduradas nos postes de iluminação pública.

O tráfego de veículos fluía com poucos obstáculos na área. “Temos meia hora para partir. Fomos isolados pela polícia militar. Não sabemos o que fazer, Ainda estamos discutindo”, disse a manifestante Yahya Saqr, acrescentando que um oficial militar lhes disse que eles “têm uma hora para esvaziar a praça, ou então serão presos”. Ativistas disseram que dois deles haviam sido detidos.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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