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Egito inicia última etapa de suas eleições

Por Mohammed Abed
3 jan 2012, 09h58

Os egípcios voltaram às urnas nesta terça-feira em um terço do país para a última etapa da eleição dos deputados.

As eleições, iniciadas em 28 de novembro, são as primeiras desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado.

Os resultados das duas primeiras etapas registraram vitórias amplas das organizações islamitas – Irmandade Muçulmana e fundamentalistas salafistas -, que receberam quase 65% dos votos.

A terceira e última fase da eleição para a Assembleia do Povo (Câmara dos Deputados) envolve fundamentalmente o Sinai, uma região instável na fronteira com Israel e a Faixa de Gaza.

Esta última fase vai acontecer em três etapas com a participação de 50 milhões de eleitores, que devem eleger os seus representantes.

No total, 498 membros da Assembleia do Povo (Câmara dos Deputados) serão eleitos, enquanto outros 10 serão nomeados pelo chefe das Forças Armadas e chefe de Estado de fato, o marechal Hussein Tantawi.

Um terço das cadeiras na Assembleia é preenchido através de uma votação de dois turnos, os dois terços restantes são alocados pelas listas de eleitos por representação proporcional.

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O Egito é dividido em 27 províncias divididas em três grupos, que votam sucessivamente, cada um em dois turnos de dois dias.

As eleições começaram nos dias 28 e 29 de novembro no Cairo e Alexandria, com o segundo turno sendo realizado nos dias 5 e 6 de dezembro.

Nos dias 14 e 15 de dezembro, os eleitores de Suez e Aswan foram às urnas. Nos dias 3 e 4 de janeiro, o Sinai e várias províncias do delta e do vale do Nilo, além de regiões do deserto, votaram.

Será a primeira vez que egípcios do exterior irão votar.

Os resultados definitivos serão divulgados por volta do dia 20 de janeiro, alguns eleitores terão que votar novamente por causa de irregularidades ou problemas logísticos.

O ciclo eleitoral prosseguirá do dia 29 janeiro até 22 de fevereiro com a eleição da Shura, a segunda câmara do Parlamento egípcio.

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Os candidatos da Irmandade Muçulmana, que aparecem pela primeira vez no Egito sob o rótulo de um partido, o “Partido da Liberdade e da Justiça”, lideram os resultados com cerca de 36% dos votos.

São seguidos de perto pelo partido salafista Al-Nour, uma verdadeira surpresa desta eleição, com cerca de 24% dos votos.

Uma terceira formação islâmica, o Wassat (islâmicos moderados) ganhou, de acordo com resultados parciais, cerca de 4%.

É uma vitória esmagadora para os movimentos islâmicos, que somam 65% dos votos.

Já as coligações liberais como o bloco egípcio do bilionário copta (cristão egípcio) Naguib Sawiris, ou os movimentos que iniciaram a revolta, parecem ser vítimas de suas divisões e pela falta de implementação.

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