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Egito condena líder da Irmandade e 719 seguidores à morte

Tribunal considerou 683 islamitas culpados, incluindo o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie. Mais 37 réus receberam a pena noutro julgamento

Por Da Redação
28 abr 2014, 06h40

O Tribunal Penal de Minia, no sul do Egito, condenou nesta segunda-feira à morte 720 islamitas considerados seguidores da Irmandade Muçulmana e que apoiaram o presidente deposto Mohamed Mursi. Eles foram considerados culpados de incitação ao crime e de cometer atos de violência em dois casos separados. Entre os condenados está Mohamed Badie, de 70 anos, o líder máximo da Irmandade, grupo declarado terrorista e ilegal pelo atual governo militar egípcio.

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No primeiro caso, o tribunal aplicou a pena capital a 683 réus que enfrentavam acusações de atacar instituições públicas e a delegacia do distrito de Al Edua no ano passado. A maioria dos condenados foi julgada à revelia. A sentença, contudo, não é definitiva. Ela foi remetida ao chamado mufti do Egito, Shauqui Alam, máxima autoridade religiosa – o que na prática significa um recurso à decisão.

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Em outro caso, o presidente do tribunal, o juiz Said Youssef, reverteu para prisão perpétua a pena de morte dada a 491 seguidores da Irmandade, de 529 que haviam sido condenados, mas confirmou a punição inicial para 37 islamitas. Este segundo grupo de réus havia sido julgado em 24 de março e seus processos tinham sido remetidos ao mufti de forma provisória.

As famílias dos condenados, segundo a imprensa egípcia, explodiram em prantos e gritos ao serem informadas das sentenças e insistiram que seus familiares são inocentes. Mulheres de réus desmaiaram em frente ao edifício do tribunal, relata a rede britânica BBC.

Críticas – A decisão judicial de condenar à morte um número tão elevado de pessoas não tem precedentes na história do Egito e despertou críticas de países ocidentais e de organismos de direitos humanos. De acordo com a ONG Human Rights Watch, os dois julgamentos demoraram poucas horas e o tribunal impediu os advogados de defesa de apresentar seus argumentos contra a condenação máxima.

No mês passado, a ONU criticou a Justiça egípcia pelas condenações. A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, declarou por meio de um porta-voz que os dois julgamentos desrespeitavam as regras do direito internacional. O representante de Pillay condenou os procedimentos, qualificando-os de “julgamentos em massa sumários” que estavam “repletos de irregularidades processuais”.

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A Irmandade Muçulmana tem sido duramente reprimida no Egito desde julho do ano passado, quando o Exército depôs da presidência Mohamed Mursi, integrante do grupo islâmico e primeiro presidente democraticamente eleito na história egípcia.

(Com agência EFE)

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