Egito chega a acordo para formar Assembleia Constituinte
Parlamento vai ser composto por partidos políticos, mulheres e religiosos
A Junta Militar egípcia e representantes das forças políticas do país concordaram nesta quinta-feira que o Parlamento formará uma nova Assembleia Constituinte na próxima terça-feira.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
- • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que foi condenado por premeditar essas mortes.
- • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cedeu à pressão e renunciou ao cargo, deixando o Cairo; em seu lugar assumiu a Junta Militar, que segue no poder até o fim das eleições.
Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’
A reunião entre militares e os parlamentares foi convocada pelo chefe da junta, marechal Hussein Tantawi, segundo explicou o líder do nacionalista Partido Al Wafd, Sayed el Badaui, em entrevista coletiva.
O consenso sobre as regras para a formação da Assembleia Constituinte foi alcançado no dia em que terminou o ultimato da Junta Militar para que os partidos políticos chegassem a um acordo sobre a situação.
Inválida – A assembleia anterior foi invalidada em abril por um tribunal depois que um quarto de seus membros decidiu boicotá-la por considerar que o órgão estava dominado pelos islamitas e não representava todos os setores da sociedade.
Badaui explicou que a assembleia será formada por 100 membros: 39 de partidos políticos, 21 de personalidades que representarão as mulheres, jovens e cristãos e os demais se dividirão entre juízes, instituições religiosas e sindicatos.
Leia também:
Leia também: Mubarak pode ser transferido do presídio para um hospital
Votação – O líder do Partido Al Wafd também destacou que se chegou a um acordo sobre as porcentagens de votação para aprovar os artigos da Constituição.
A prioridade é buscar um consenso, e se isso não for possível os artigos deverão ser aprovados por pelo menos 67 dos membros da comissão. Em caso de divergência, a aprovação é adiada por 48 horas e os artigos poderão ser aceitos com o voto de 57 membros.
(Com agência EFE)