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Egito: 2ª fase das eleições começa com poucas irregularidades e eleitores

Por Da Redação
14 dez 2011, 16h50

Laura Millan Lombraña.

Cairo, 14 dez (EFE).- A segunda fase das eleições parlamentares do Egito começou nesta quarta-feira em um dia que transcorreu com menos irregularidades e eleitores que na primeira rodada do pleito, que se prolongará até março de 2012.

Nesta ocasião, mais de 18 milhões de pessoas estão habilitadas a votar em nove províncias do país, num momento em que a atenção está focada na maioria obtida há duas semanas pelos dois maiores partidos islâmicos: o Partido Liberdade e Justiça – da Irmandade Muçulmana – e o Al-Nour – formado por salafistas.

A jornada eleitoral foi também marcada pela ausência de algumas irregularidades que ocorreram durante a primeira etapa, como o atraso de mesários e de cédulas para votação e a distribuição de panfletos de propaganda em frente aos colégios eleitorais.

Mesmo assim, os cartazes dos candidatos permaneciam marcando as entradas dos colégios. O chefe da Comissão Eleitoral, Abdelmoaiz Ibrahim, destacou em entrevista coletiva a necessidade de lutar contra a propaganda eleitoral durante o período de reflexão prévio à votação, que no Egito é de dois dias.

Ibrahim informou que a Corte Suprema Administrativa determinou na segunda-feira a prorrogação do pleito em três distritos das províncias de Menufiya, Al Bahira e Sohag porque algumas legendas não estavam presentes nas cédulas eleitorais.

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Depois que durante a primeira etapa, realizada nos dias 28 e 29 de novembro, a imprensa local mostrou imagens dos cidadãos fazendo fila durante horas, muitos egípcios preferiram não comparecer às urnas nesta quarta e esperar para votar nesta quinta-feira.

‘Esta manhã, uma hora antes de abrir o colégio, já havia gente fazendo fila. Alguns, quando viram o tamanho, foram embora e disseram que voltariam amanhã’, explicou à Agência Efe o mesário Ahmed Izzat, do colégio Qaumiya Agouza.

Nesta escola de Agouza, um bairro de classe média da província de Guiza, Tareq Mohai el Din esperava pacientemente sua vez para votar e, como muitos a seu redor, expressava sua preferência pelo Partido Liberdade e Justiça, legenda do histórico grupo Irmandade Muçulmana que obteve 37% dos votos na primeira fase.

‘O que este país precisa é algo novo e o Partido Liberdade e Justiça está há 30 anos querendo governar, são os melhores e merecem uma oportunidade’, disse este jovem médico.

No bairro popular de Imbaba, onde os islamitas possuem grande popularidade, dezenas de mulheres se aglomeravam na entrada do colégio Gazuit Tabuq e gritavam contra os soldados que, escorados em bancos de madeira, tentavam conter a multidão com gestos e pedidos de calma e a ajuda de um megafone.

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Dentro da escola, várias declararam à Efe a intenção de votar no Partida Liberdade e Justiça, mas uma delas, Afif Hashim, mostrou um papel em que havia o desenho do símbolo da legenda liberal Bloco Egípcio.

‘O gás é agora o principal problema de Imbaba. Os ‘baltagueya’ (pistoleiros) sequestram os caminhões de gás subsidiado pelo governo e os revendem por 40 ou 50 libras (entre R$ 12 e R$ 16)’, lamenta Afif. Segundo essa dona de casa, um bujão subsidiado custa dez vezes menos.

Já no bairro de classe média de Dokki, a maioria islamita era uma preocupação para o eleitor Hassan Abdullah, que preferiu votar no Bloco Egípcio. ‘Se os resultados da primeira fase se repetirem, o Parlamento não estará equilibrado, e precisa estar nesta primeira legislatura’.

‘Talvez nas próximas eleições parlamentares me sentirei mais inclinado a votar em meu partido favorito, mas agora acho que não é bom que haja maiorias, porque esta é a primeira vez que votamos e não conhecemos nossos políticos’, manifestou Hassan, lembrando que serão eles os encarregados de redigir a nova Constituição.

Nesta segunda etapa das eleições à Câmara Baixa, estão em jogo 180 cadeiras, que serão eleitas entre esta quarta e quinta-feira, mas nos próximos dias 21 e 22 de dezembro se realizará um segundo turno para escolher os candidatos individuais que não tiverem conseguido maioria absoluta. EFE

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