Egípcios são presos por perseguirem mulheres em festa
Polícia deteve 727 pessoas, a maioria no Cairo, durante festividade muçulmana
A polícia egípcia prendeu 727 pessoas, a maioria delas no Cairo, acusadas de perseguir mulheres durante a Festa do Sacrifício (também chamada Eid al-Adha), que termina nesta segunda-feira. Uma fonte do Ministério do Interior disse que a maioria das detenções (704) está relacionada com casos nos quais os homens incomodavam e agrediam as mulheres verbalmente. Nos outros 23 casos, foram registradas agressões contra a integridade física das mulheres.
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O responsável pelo Ministério acrescentou que todos os acusados foram apresentados perante a promotoria para que sejam iniciados os respectivos procedimentos e assinalou que a decisão de libertar ou manter os acusados em prisão preventiva cabe às autoridades judiciais.
Durante este final de semana, devido à Festa do Sacrifício, grupos de menores invadiram o centro e outras zonas da capital onde as mulheres foram objeto de perseguições verbais e agressões físicas. Frente a esta prática, surgiram, nos últimos dias, várias iniciativas de organizações que buscam conscientizar e denunciar o assédio, enquanto o primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, anunciou um futuro projeto de lei para aumentar a pena aplicada a perseguidores.
(Com agência EFE)