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Egípcios protestam contra sinal verde à nova Constituição

Assembleia Constituinte aprovou minuta, que será submetida a referendo

Por Da Redação
30 nov 2012, 16h51

Milhares de egípcios protestaram contra o presidente Mohamed Mursi nesta sexta-feira depois que a Assembleia Constituinte, dominada pelos islâmicos, aprovou a minuta de nova Constituição na tentativa de pôr fim a uma crise desencadeada por um decreto do chefe de governo.

“O povo quer derrubar o regime”, cantavam os manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo, repetindo o que se ouvia no mesmo local há menos de dois anos, quando o ditador Hosni Mubarak foi derrubado. Os manifestantes lotaram a Praça Tahrir e saíram às ruas também em Alexandria e em cidades na região do Canal de Suez e do Delta do Nilo, respondendo ao clamor da oposição por uma grande manifestação.

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Os manifestantes afirmam que pressionarão pelo “não” em um referendo, que deverá ser realizado até 15 dias depois da aprovação do texto constitucional pelo presidente Mursi. “Saia, saia”, cantavam alguns, também repetindo palavras usadas contra Mubarak.

Na mesquita do Cairo, alguns opositores cantaram contra o presidente, mas os simpatizantes de Mursi rapidamente os cercaram com gritos de apoio, segundo informações de jornalistas e de uma fonte da segurança. Milhares de simpatizantes de Mursi também foram às ruas em Alexandria.

Mursi disse que o decreto, que proíbe contestações judiciais às suas decisões, e que provocou protestos em várias cidades do país, se limita a “um estágio excepcional”. “Ele vai terminar assim que as pessoas votarem na nova Constituição”, disse ele à TV estatal na noite de quinta-feira. “Não há lugar para uma ditadura.” ONU – A ONU também se diz preocupada com o futuro dos egípcios. A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, escreveu uma carta a Mursi para expressar sua preocupação. Ela pediu ao presidente egípcio que “reconsidere a declaração constitucional”, anunciada na semana passada. A comissária ressaltou que o Egito ratificou o Pacto Internacional de 1982 sobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que preveem “o direito de acesso à Justiça e garantias à independência do Poder Judiciário”. Para Navi, o decreto de Mursi vai contra esses acordos. Pillay também disse a Mursi que “a aprovação de uma Constituição, nestas circunstâncias pode provocar ainda mais divisões”. (Com agências France-Presse e Reuters)

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