Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Egípcios comemoram um ano da revolta contra Mubarak

Grupos pró-democracia pedem a saída dos militares do poder na praça Tahrir

Por Da Redação
25 jan 2012, 07h24

Os egípcios tomaram a emblemática Praça Tahrir no Cairo nesta quarta-feira para marcar um ano da revolta que tirou do poder o ex-ditador Hosni Mubarak, enquanto a Junta Militar planeja grandiosas celebrações e ativistas prometem dar novo fôlego à sua “revolução” ainda incompleta. Milhares de islamitas, liberais, esquerdistas e cidadãos comuns tomaram conta da praça, epicentro dos protestos, agitando bandeiras e exibindo cartazes.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que, junto a seus filhos, é acusado de abuso de poder e de premeditar essas mortes.
  3. • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cede à pressão e renuncia ao cargo, deixando Cairo; em seu lugar assumiu a Junta Militar.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

A poderosa Irmandade Muçulmana, que dominou as eleições para o novo parlamento, fez-se presente para comemorar um ano desde que os egípcios – inspirados pela revolta na Tunísia – tomaram as ruas para protestar contra o regime. Mas outros grupos, incluindo movimentos pró-democracia por trás da revolta, insistem que precisam terminar a revolução e querem a saída dos militares do governo.

Na véspera, o chefe do poder militar, o marechal Hussein Tantawi, em um discurso televisionado, anunciou que o Egito vai suspender nesta quarta-feira o estado de emergência em vigor há mais de trinta anos, salvo em caso de crimes violentos. A suspensão, exigida com insistência pelas organizações de defesa dos direitos humanos e por vários partidos políticos, coincide com o primeiro aniversário do início da revolta que derrubou Mubarak.

Continua após a publicidade

“Tomei a decisão de pôr fim ao estado de emergência em todo o país, à exceção dos casos de combate a crimes violentos, a partir de 25 de janeiro de 2012 de manhã”, declarou o marechal Tantawi.

Repressão – A lei sobre o estado de emergência, que limita as liberdades públicas e faz julgamentos em tribunais de exceção, foi mantida em vigor sem interrupção durante os trinta anos de governo Mubarak. Ela foi instituída após o assassinato do presidente Anuar el-Sadat por islamitas em outubro de 1981. O fim do estado de emergência simboliza a repressão do antigo regime e é exigida pelos movimentos que iniciaram a revolta que levou à queda de Mubarak no ano passado, assim como pelas capitais ocidentais, em particular Washington.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.